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APAGÃO NO AMAPÁ | Apagão atinge estado do Amapá há mais de 2 dias e população está largada à própria sorte

Sem água potável e energia, desde a noite de terça-feira (3), há mais de 48 horas, os moradores de Amapá sofrem com um apagão elétrico que atinge 13 das 16 cidades do estado.

sexta-feira 6 de novembro de 2020 | Edição do dia

Foto: Jorge Júnior/Rede Amazônica

Atualizada em: 06/11/20 15:01

Apenas as cidades de Oiapoque, Laranjal do Jari e Vitória do Jari seguem com energia pois são abastecidas por sistemas independentes. Já o restante das cidades de todo estado de Amapá estão completamente sem energia, o que afeta serviços essenciais como abastecimento de água, fonte de internet, refrigeração de comidas no comércio e nas próprias residências dos moradores. A situação é desesperadora.

Segundo o órgão responsável pela transmissão de energia, Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o motivo do apagão foi um incêndio no transformador 1 da Subestação de Macapá, capital do estado, de propriedade da empresa LMTE, a responsável pela energia do estado.

As Unidades de Saúde, segundo o governo, estão sendo mantidas por geradores. A população está lotando hotéis e shoppings, que também estão funcionando por geradores, em busca de energia. Na capital Macapá, foi anunciada a disponibilização de caminhões pipa, dois para abastecimentos de hospitais e unidades básicas de saúde (UBSs) e outras para bairros da capital. Contudo, a água não é potável. A Caesa (Companhia de Água e Esgoto do Amapá) informou ontem que iria retomar o abastecimento e contratar novos geradores.

Foi instituído pelo Ministério da Infraestrutura um Gabinete de Gestão de Crise, composto pelo ONS, Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), da Eletrobras e pela LMTE, a empresa responsável pela estação onde aconteceu o incêndio.

Porém, até agora, a população amapaense está largada à própria sorte. A situação é de calamidade e as previsões de solução dadas pelo governo não são animadoras. O governo de Waldez Góes (PDT) em conjunto com o ministro da infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e o Gabinete de Gestão de Crise, apresentaram três planos para reestabelecimento da energia no estado. Todos extremamente demorados, sem uma solução imediata para aqueles que estão sem ter água para beber. Inclusive, o governo federal, através do presidente do senado Davi Alcolumbre (DEM), afirmou que o processo iria levar mais de 24h.

O primeiro plano seria recuperar um dos transformadores queimados, o que poderia trazer 70% da energia de volta, porém a previsão de conserto é de mais de 2 dias. O segundo plano seria trazer um gerador de energia da cidade de Laranjal do Jari, contudo por conta do peso, tal processo levaria em torno de 15 dias. Por fim, a última solução até agora dada pelo governo estadual e federal é ainda menos animadora, que seria trazer de avião um transformador de Boa Vista, o que levaria até 30 dias.

Durante a tarde o Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque disse que pretende reestabelecer totalmente a energia na região em um prazo de 10 dias, deixando uma região onde vivem 90% da população local sem energia por diversos dias.

O ministério já havia prometido reestabelecer 70% da energia até hoje (6) e a promessa não foi cumprida. O ministro disse novamente que irá reestabelecer os mesmos 70% até sábado (7), com a desculpa de que a situação é "complexa"

O tempo de demora das opções oferecidas, enquanto um estado inteiro passa por grandes dificuldade, demonstra o descaso do governo Bolsonaro, do governo estadual e até mesmo do Congresso, na figura de Alcolumbre, para com a população.

Diana Assunção, parte da Bancada Revolucionária, se pronunciou sobre o caso no Twitter:




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