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PSDB | Aliados de Aécio no PSDB cogitam Dória para presidência em 2018

Aliados de Aécio cogitam o nome do prefeito de São Paulo para o Planalto em 2018 em "plano B" e enxergam a proposta como alternativa para driblar a mancha da corrupção nas eleições.

quinta-feira 30 de março de 2017 | Edição do dia

O nome de João Dória ganha força dentro do PSDB para as eleições presidenciais de 2018. Diversos membros da direção do partido enxergam a possível candidatura do atual prefeito de São Paulo como uma forma de renovar a imagem do partido, diversas vezes mencionado nas delações premiadas da Lava-Jato, no processo eleitoral em 2018.

Entre os dirigentes que vem se mostrando favoráveis a alternativa estão o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e a ala ligada ao senador Aécio Neves (MG). Desde já membros do partido ligados a Aécio vem buscando fechar contratos comerciais com a o prefeito paulistano como via de criar uma relação mais próxima.

Porta-vozes de Aécio afirmam que o senador, mencionado em praticamente todas as delações premiadas da Lava-Jato, não desistiu de sua candidatura para o pleito de 2018, mas reconhecem que a cada novo desdobramento das Operação Lava-Jato se torna mais remota as chances de vitória.

A candidatura de Dória para o Planalto vem sendo construída como um “plano B”, onde através de uma figura nova na política possa fazer frente a candidatura já anunciada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo PT. O intuito dos tucanos é utilizar a imagem “limpa” de Dória frente aos escândalos de corrupção vindos a público através da Lava-Jato para apresentar as já conhecidas ideias do partidos destinadas aos grandes empresários e donos de terras do Brasil. O grupo de Aécio se empenha em uma aproximação para, inclusive, tentar construir uma proposta de chapa onde só estariam os “limpos”, com Dória como presidente e Antonio Anastasia (MG) como vice, para assim evitar a perda de poder caso o empresário e prefeito se torne candidato oficial.

João Dória, que teve seu início na vida política com a candidatura para a prefeitura de São Paulo em 2016, é apadrinhado pelo governador do Estado de São Paulo Geraldo Alckmin e em diversas ocasiões se esquivou quando questionado sobre a possível candidatura a presidência em 2018.

Jornais como o Estadão, Globo e os grandes empresários paulistas têm se empenhado na construção da imagem de um político distinto, vinculado à ideia de gestor e que “coloque a mão na massa”, investindo em propaganda e marketing para contrapor a postura de Dória aos demais políticos. Em uma pesquisa realizada em fevereiro deste ano pela Paraná Pesquisas onde foi perguntado qual candidato tucano teria mais chances de receber os votos da população João Dória surpreendeu aparecendo em segundo lugar com 16,7% das intenções, apenas um ponto percentual atrás de Aécio e mais de 3% a frente de seu tutor Geraldo Alckmin. Além disto, a pesquisa apontou que 71,3% dos brasileiros conhecem ou ouviram falar de João Dória mostrando que a ofensiva dos grandes jornais, aliados aos financiamentos dos empresários às políticas do prefeito, tem conseguido tornar seu nome conhecido.

Apesar de toda especulação da possível candidatura, os tucanos admitem que a conformação de uma possível chapa dos “limpos” dificulta a conformação de alianças políticas, em especial com o PMDB e ressaltam que a confirmação do prefeito para o Planalto em 2018 só será possível se sua gestão apresentar resultados, algo que os grandes jornais estão empenhados em mostrar desde a posse do empresário




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