O primeiro dia de votação do pacote de maldades de Pezão no Rio de Janeiro começou com uma disputa entre o legislativo e o executivo. O governo tentou evitar o corte de 30% nos seus supersalários. Mas os deputados, que já estavam perdendo seus drinks, não deixaram barato para Pezão e seus secretários.
terça-feira 6 de dezembro de 2016 | Edição do dia
Parece brincadeira, mas uma das manchetes no site da Alerj nesta terça-feira a noite anunciava solenemente “Alerj aprova fim de carros oficiais, sessões solenes fora do expediente e coquetéis bancados pelo legislativo”. Sempre podemos descobrir mais um pequeno privilégio que políticos usufruem. Com a crise, todos temos que perder algo afinal.
O governo Pezão lutou até o fim em defesa do seu supersalário e dos seus chegados, mas perdeu ao fim. A imposição de um teto vai reduzir seu salário em 30%. O salário do governador vai passar de R$ 21.868,14 para R$ 15.307,69 do vice-governador, que recebe R$ 18.421,99, passa para R$ 12.895,39; secretários terão seus vencimentos reduzidos de R$ 18.421,99 para R$ 12.895,39; e subsecretários, de R$ 16.579,89 para R$ 11.605,85.
Nos próximos dias medidas bem mais duras que essas, contra a classe trabalhadora e o povo, vão ser tomadas pelos deputados da Alerj. Ataques aos transporte publico, aos programas sociais, aos salários, às aposentadorias, são parte das próximas decisões.
Do lado de fora, sobrou repressão para quem protestava.