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ELEIÇÕES 2018 | Alckmin e Temer trocam farpas e escancaram racha no golpismo

Alckmin tenta se descolar do governo golpista após Temer gravar vídeos ressaltando proximidade com o PSDB.

sexta-feira 7 de setembro de 2018 | Edição do dia

Imagem: Beto Barata/PR/ IG

O golpista Michel Temer decidiu partir para o ataque nessa semana. O vídeo que gravou e publicou na ultima quarta-feira fazendo duros ataques a Geraldo Alckmin, candidato do PSDB à Presidência, rapidamente viralizou nas redes sociais. Teria sido uma reposta imediata a campanha eleitoral do tucano, que escolheu o governo golpista como um de seus alvos. As peças utilizadas criticam as politicas de saúde e educação do governo atual.

Temer destacou: “Geraldo Alckmin, candidato a presidente da República, me dirijo a você. A você pelas falsidades que você tem colocado no seu programa eleitoral e eu não posso silenciar em homenagem ao povo brasileiro”. E seguiu afirmando: “[Alckmin], você diz que a educação é um desastre. Pois você sabe quem foi meu ministro da Educação? É Mendonça Filho, que e do DEM, um partido que apoia a sua candidatura. E o Mendonça fez um belíssimo trabalho. Primeiro ponto. Segundo ponto: você fala mal da Saúde, como se a Saúde fosse um desastre. A Saúde melhorou muito no nosso governo e está com o PP, um partido que apoia a sua candidatura, teve três ministérios, continua com três ministérios, e ele, Ricardo Barros, que foi ministro, também fez um extraordinário trabalho. Você critica. Critica indevidamente. Você critica a área de indústria e comércio. Você sabe quem foi o ministro? Foi o Marcos Pereira, que é candidato a deputado federal, do PRB, que apoia a sua candidatura. Estava no meu governo, continua no meu governo e agora é base de apoio da sua candidatura. Se você fala em desemprego, você sabe quem conduziu o Ministério do Trabalho e outros órgãos conexos, ô Geraldo, foi exata e precisamente o PTB, que apoia a sua candidatura; está na base do meu governo. E se você vier a ganhar a eleição, essa base será a sua base governamental. E eu me lembro, Geraldo, quando você era candidato a governador, candidato a presidente, nas vezes em que te apoiei precisamente para esses cargos, eu acho que você era diferente. Não atenda ao que dizem seus marqueteiros. Atenda apenas à verdade, e a verdade é que fizemos muito por essas áreas conduzidas por aqueles que hoje apoiam sua candidatura”.

Em resposta, Geraldo Alckmin afirmou ontem que Temer não tem legitimidade e completa tentado a todo custo desvincular sua imagem e sua campanha do governo golspita, tirando o corpo fora totalmente afirmando em sabatina promovida pelo jornal “O Estado de S.Paulo” em parceria com a Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), em São Paulo:“O problema não são os ministros, é o presidente que não tem a liderança que precisa ter e nem a legitimidade”, disse. E seguiu aprofundando a critica e a tentativa de lavar suas mãos: “Eu não votei no Temer. O Temer é da chapa da Dilma. Houve o impeachment. Nós temos responsabilidade para com o Brasil. Tudo que for de interesse do país vamos votar favoráveis", disse.

Fica evidente a tentativa de Alckmin de se descolar totalmente do governo golpista, devido a grande impopularidade do mesmo, já que o índice de rejeição de Temer só vem aumentado, chegando agora a 82% e sendo assim o presidente mais impopular da história. Logo, estrategicamente é terrível que o tucano seja de alguma forma vinculado ao governo golpista.

No entanto, não é preciso muito para enxergar o quanto Alckmin é parte dessa direita que ataca ferozmente a classe trabalhadora. Basta olharmos para seus mandos e desmandos enquanto governou o estado de São Paulo. E não que seja surpresa, o tucano vem usando na campanha e em seus discursos dados falsos e imprecisos. Afirma por exemplo, que sob sua gestão nunca houve atraso de salários, quando na verdade o que os trabalhadores sentiram a pele mais de uma vez prova o contrário: O governo estadual atrasou o pagamento dos salários de servidores públicos ao menos uma vez durante os dois mandatos do ex-governador Geraldo Alckmin. Em 2012, como noticiado em reportagem no jornal "O Estado de S. Paulo", os professores contratados, aqueles que não são concursados, ficaram mais de três meses sem receber.

E mais, em entrevista recente para o Jornal Nacional, o tucano ainda afirmou que o estado de São Paulo tem a melhor educação do país. Não é preciso procurar muito para saber que se trata de mais uma dose de demagogia. A rede de ensino paulista perdeu a liderança no principal indicador de educação básica. Ficou para trás e duas etapas no ensino fundamental e também no ensino médio, onde a situação é considerada ainda mais grave.

Nessas eleições totalmente manipuladas pelo judiciário, que faz de tudo para escolher a dedo o candidato que melhor dê continuidade aos ataques ferozes contra a classe trabalhadora é preciso mais do que nunca fazer ecoar vozes anticapitalistas, contra todo tipo de mentira dessa direita golpista que até entre si se golpeia e mente para o povo, descaradamente.




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