×

SAÚDE | Ajustes e crise afetam a área da saúde

Dados divulgados mostram que frente a um cenário geral de crise e cortes impopulares implementados pelo governo Dilma em áreas sociais, a saúde é um dos setores mais atingidos. Entre os ministérios é a pasta com o segundo maior corte, que chega a ter investimento 32% menor em relação ao mesmo período do ano passado.

quinta-feira 3 de setembro de 2015 | 03:49

Foto: Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas

Dados divulgados mostram que frente a um cenário geral de crise e cortes impopulares implementados pelo governo Dilma em áreas sociais, a saúde é um dos setores mais atingidos. Entre os ministérios é a pasta com o segundo maior corte, que chega a ter investimento 32% menor em relação ao mesmo período do ano passado.

De janeiro à julho do ano passado o gasto com construção de unidades de saúde e compra de equipamentos médicos chegou à R$2,5bi e neste ano foi até então de R$1,7bi. O corte total do orçamento é de 10,9%, que corresponde a R$13 bilhões.
O ministro da saúde Arthur Chioro chegou a dar declarações no início do ano de que a pasta da saúde seria preservada dos cortes, mas quando o debate sobre a CPMF voltou a toma, chegou a dizer que o dinheiro do imposto deveria ir todo pra saúde indicando um estado caótico da saúde pública no país “

A estruturação de unidades de atenção especializada em saúde, que é uma das áreas prioritárias do governo Dilma nesse último semestre e responsável por realizar as consultas com especialistas e exames, foi a que teve menor investimento. Foi uma redução de 49% de investimento no mesmo períado do ano passado, de 495,9mi em 2014 para 252,3mi esse ano. A construção das UBSs (Unidades Básicas de Saúde) também teve queda de investimento de 62% de R$478mi para R$183mi.

O caso da Unimed Paulistana

A maior empresa operadora de convênios do país com 744mil clientes e faturamento de R$2,7bi ao ano quebrou e terá que transferir seus clientes, numa chamada “alienação compulsória”, a outra agência em 30 dias.

A troca obrigatória do controlador terá de ocorrer, segundo a ANS (Agência Nacional de Saúde), por causa de “anormalidades econômico-financeiras e administrativas graves que colocam em risco a continuidade do atendimento à saúde”. Estão suspensas as vendas de planos de saúde da Unimed Paulistana.

A companhia que se manteve obtendo altos rendimentos nos últimos ano
s segundo Ranking de Finanças de empresas desse ramo, não informou nada sobre como procederá com seu atual quadro de funcionários.

O trabalhador espremido entre a precariedade e a corrupção

A população trabalhadora, sufocada pelos ajustes em todas as áreas, as demissões e a retirada de direitos, ainda se vê abandonada quando fica doente. Boa parte desses trabalhadores, com o boom do crédito e um melhor acesso à pequenas parcelas de renda, para fugir do caos da saúde pública, se endivida, trabalha ainda mais para financiar convênios e atendimento médico particular nas mãos desses empresários, que entre a vida e a morte ficam milionários. E quando entram em crise tentam jogar sua crise sobre as costas dos trabalhadores. 




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias