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LAVA-JATO SOB SUSPEITA | Advogado Tacla Duran acusa Moro de facilitar a empresários que pagassem a seu amigo

Rodrigo Tacla Durán, em depoimento, apresentou aos parlamentares registros de troca de mensagens de celular entre ele e o advogado Carlos Zucolotto Jr., padrinho de casamento do juiz Sérgio Moro, em que explicitamente negociam os valores refentes a multa da Odebrecht.

sábado 2 de dezembro de 2017 | Edição do dia

O ex-advogado da Odebrecht Rodrigo Tacla Durán prestou depoimento à CPMI da JBS nesta quinta-feira 30, e apresentou aos parlamentares registros de troca de mensagens de celular entre ele e o advogado Carlos Zucolotto Jr., padrinho de casamento do juiz Sérgio Moro e sócio de uma banca que já teve a esposa do magistrado responsável pela Lava Jato, Rosângela.

Os registros apresentados ainda precisam ter sua autenticidade comprovada. Na troca de mensagens divulgada é explícita a negociação em torno do valor da mlta, e também da alteração do regime da prisão de fechado para domiciliar. Zucolotto começa indagando sobre a existência de alguma proposta da parte do ex-advogado da Odebrecht, que reclama do alto valor da multa (R$ 15 milhões), nas palavras dele, cobrada “num assunto normal sem crime”. Tacla Duran pergunta diretamente o que seria possível melhorar, ao que Zucoloto responde: “ A ideia seria diminuir para 1/3 do pedido e vc paga mais 1/3 de honorários para poder resolver isso”.

Na conversa Zucoloto diz ainda: “vou fazer contato para que o DD entre nessa negociação”. A abreviatura DD, possivelmente, pode se referir ao coordenador da força tarefa da Lava-Jato Deltan Dalagnol.

O advogado de 44 anos trabalhou para a Odebrecht de 2011 a 2016 e é acusado pelo Ministério Público de participar de esquemas de lavagem de dinheiro e pagamento de propina. Foi preso em novembro de 2016, na 36a fase da Lava Jato, por ordem de Moro. Atualmente na Espanha, ele teve sua extradição ao Brasil negada pela Justiça do país europeu e é considerado "foragido" pela força-tarefa de Curitiba. Ele prestou o depoimento à CPI por meio de videoconferência.




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