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REFORMA DA PREVIDÊNCIA | Ação corpo a corpo, a aposta de Temer para a reforma da Previdência

Interlocutores de Temer confirmam que ele ainda não se pendeu sobre as junturas para aprovar a reforma da Previdência. O foco está direcionado para as eleições na Mesa Diretora da Câmara e do Senado.

quinta-feira 26 de janeiro de 2017 | Edição do dia

O governo passa uma imagem de neutralidade na disputa, para não criar dificuldades com sua base aliada, ainda que privadamente alguns aliados admitam que a reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) na Câmara e a eleição de Eunício Oliveira (PMDB-CE) no Senado tenha facilitado o andamento das medidas de ajuste.

Definitivamente, há duas iniciativas principais para a aprovação das mudanças. A primeira é retomar a divulgação de propagandas na TV, até julho, defendendo a aprovação da reforma.

A segunda é repetir a estratégia utilizada na tramitação da PEC do Teto no Congresso, em que o próprio Temer, ministros e outras autoridades envolvidas nas negociações conversem diretamente com parlamentares para convencê-los da necessidade da aprovação das mudanças. Ou seja, trocar favores em nome de tirar dos trabalhadores o direito à aposentadoria, que pelas regras atuais, já é bastante excludente.

Nessas iniciativas, o Palácio do Planalto vai insistir na necessidade de fazer um debate franco sobre a sustentabilidade do sistema previdenciário do País, para que os trabalhadores, deixem suas vidas nos locais de trabalho. Demagogicamente, vão se aproveitar de número e dados para reforçar que o contribuinte não colaborará apenas para si, mas para todos, no caso esse todos é a casta de privilegiados e empresários que não veem a hora de aprovar a reforma.

Conjuntamente, segundo Romero Jucá (PMDB-RR), o Executivo pretende apresentar medidas de "apelo popular", como redução das taxas bancárias e acesso a crédito em condições mais vantajosas que atualmente, para desta forma iludir a população sobre o enorme ataque que significará trabalhar até os 75 anos, oferecendo-lhes o "benefício" da dívida para viver, e aumentar o lucro dos banqueiros. Essas ações visam garantir apoio dos parlamentares durante a tramitação da reforma.

Com essas investidas, o governo continua a trabalhar com o cenário de que a reforma da Previdência no Congresso será aprovada até o fim deste ano. O projeto deverá ser encaminhado ao Legislativo em regime de urgência. A matéria terá 45 dias para tramitar na Câmara e mais 45 no Senado, sob pena de trancar a pauta de votações dos respectivos plenários. Isso garante a conclusão ainda no primeiro semestre.

Para garantir a aprovação das reformas, o governo avalia fazer uma reforma ministerial em dois momentos: após a eleição das mesas diretoras e do impacto com a divulgação de novas delações premiadas da Odebrecht, cuja homologação deverá atrasar após a morte de Teori Zavascki.

Após a morte de Teori, o Planalto não avaliou se o episódio vai impactar na agenda econômica do governo no congresso.

Algumas informações: Agência Estado




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