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Dia Latino-Americano e Caribenho pela legalização do aborto | Ato no RJ pela legalização do aborto e contra os ataques do governo

quarta-feira 30 de setembro de 2015 | 02:24

O ato ocorreu na mesma semana em que a Câmara dos deputados deu mais um passo conservador e aprovou o projeto que define família como união exclusivamente entre homem e mulher, mais uma ação dos setores contra os direitos democráticos.

Cerca de 100 pessoas estiveram presentes e foi eixo a defesa da legalização do aborto e a denúncia aos cortes dos governos estaduais e federal. No início da manifestação as mulheres colocaram lapides, representando as milhares de mulheres que foram mortas por abortos clandestinos, como Jandira Magdalena dos Santos, que teve o corpo encontrado carbonizado, depois de morrer numa clandestina.

O número de abortos clandestinos nos países latino americanos e caribenhos é de quase 1 milhão todos os anos. Só no Brasil, uma mulher morre a cada 2 dias por complicações ao realizar um aborto, um procedimento simples que poderia ser realizado com plena segurança. De todas essas mulheres, as que têm mais morrem são as mais pobres, em particular as negras que estão nos trabalhos mais precários, pois não podem pagar um alto custo para realizar o aborto em condições seguras.
Além do risco de morrer imposto pela clandestinidade, as mulheres estão sob a mira do Estado e da polícia já que o aborto é crime no Brasil.

Em 12 anos de governo de PT milhares de mulheres morrem todos os dias. Os setores de direita e reacionários como Eduardo Cunha e outros, que estão o tempo todo tentando aprovar projetos de lei que só aumentam a violência contra as mulheres e os LGBT, tentando tornar suas vidas ainda mais difíceis, são contra a legalização do aborto. Dilma faz aliança com estes setores enquanto segue calada segue calada diante de tantas mortes por abortos clandestinos.

Entrevistamos Desirée Carvalho, militante do Pão e Rosas e membro do centro Acadêmico do Serviço Social da UERJ: “O Pão e Rosas votou em seu Encontro de Mulheres e LGBT, no dia 29 de agosto, entre várias campanhas, impulsionar a campanha pela legalização do aborto, que sempre demos muita centralidade. levamos um bloco com estudantes de Serviço Social e Direito da UER, com uma faixa com o conteúdo "UERJ na luta pela legalização do aborto para não morrer e creches pra estudar e trabalhar". Nós do CASS construímos na estrutura esta campanha, fizemos panfletagem, roda de conversa, cartazes convocando para o ato. Faremos uma mesa no dia 1 de Outubro para fazer este debate com todo o curso. Isso é parte da batalha para que as entidades construam com peso a luta das mulheres e dos LGBTs.

O ato foi uma ação de frente única importante entre as organizações, mas ainda esta aquém da necessidade que esta luta exige, é fundamental que o movimento de mulheres e direito humanos construa uma forte campanha na base das categorias de trabalhadores, nas universidades e escolas. É tarefa das Secretarias de mulheres dos sindicatos, das centrais sindicais, e entidades estudantis, levarem adiante esta campanha, para que saia do papel e se torne um forte movimento em defesa da aprovação do projeto de lei apresentado pelo deputado federal (PSOL-RJ) Jean Wyllys.




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