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EDUCAÇÃO MUNICIPAL SP | AMANHÃ: Ato e Buzinaço em defesa da Educação Municipal em São Paulo

Nesta quarta-feira (29), os sindicatos Sindsep, Sedin e Aprofem junto com o Movimento Nossa Classe, o Fórum Municipal da Educação e o coletivo Educadores em Luta convocam um ato unificado em frente a Câmara Municipal de São Paulo, as 13 horas contra as PLs 452/20 e 84/19 que significam um ataque estrutural à educação pública. Chamamos todos os trabalhadores, pais e alunos que não são parte do grupo de risco a participar da ação para mostrar a força da nossa luta contra estes projetos.

terça-feira 28 de julho de 2020 | Edição do dia

Entre os principais ataques estão a imposição da escola em tempo integral, sem garantir investimentos para que as escolas tenham estrutura adequada para comportar a extensão do período e sem efetivação de mais trabalhadores, mediante indicativa da SME, tirando o poder de decisão dos Conselhos de Escola - uma campanha de Covas desde as eleições e que encontrou resistência dos professores pelo enorme sucateamento da educação pública que vivemos em nosso país e que é ainda mais inviável num contexto pandêmico;

E outro importante ataque é a “exportação da precarização da rede estadual” com a possibilidade de contratações temporárias por tempo indeterminado e passando a ser até 20% da rede a parcela de temporários (que certamente sofrerão uma situação similar a do Estado onde mediante a falta de salários os profs já se organizam entre si para vender até eletrodomésticos para conseguirem se alimentar). E o Voucher da Educação que passaria a incluir alunos além das EMEIs além das CEIs.

Ao invés de investir mais recursos nas escolas públicas o projeto garante repasse de dinheiro público para escolas particulares, subsidiando familiares para matricularem suas crianças em creches e pré-escola da rede privada!

Enquanto continuam as reuniões do Fala Rede pela Secretária de Educação Municipal, com Bruno Caetano à frente, centenas de trabalhadores da educação, familiares e alunos se posicionam contra o retorno às aulas em meio a pandemia. Muito longe de um diálogo para definir os protocolos de retorno as aulas, o que vemos é o Secretário da Educação fazer demagogia com os trabalhadores da educação, inclusive desrespeitando servidores como o fez com uma professora que denunciava as condições dos alunos e teve como resposta que a mesma tinha "decift de compreensão". Enquanto isso, o Secretário Bruno Caetano junto ao prefeito Bruno Covas (ambos do PSDB) buscam aprovar em tempo recorde um ataque estrutural a educação municipal.

Nesta terça-feira (28), ocorreu a Audiência Pública para debater as medidas para o retorno às aulas presenciais na cidade de SP, onde também foi debati estes projetos privatizantes do PSDB. Participaram desta audiência diversos sindicatos como o SINPEEM, SINDSEP, APROFEM e diversos parlamentares como Prof Carlos Giannazi, o Prof Toninho Vespolli, ambos do PSOL, e também diversos trabalhadores da educação que infelizmente não tiveram direito a fala.

Mesmo sem ter direito a voz, a posição dos educadores e dos familiares e alunos estão publicas em inúmeras as cartas e manifestos que estão sendo publicados por iniciativas dos próprios trabalhadores, e também a própria participação das lives tem organizado profundos debates dentro das escolas, e inclusive em algumas DREs, os representantes têm sido eleitos

Por isso, nós do Movimento Nossa Classe Educação que estamos participando destas reuniões com o Secretário da Educação, com a nossa companheira Grazi Rodrigues, acreditamos que a partir da nossa mobilização organizada que poderemos derrotar esse PL, mas também todos os ataques ao conjunto dos trabalhadores do país, por parte de Bolsonaro, Mourão, o parlamento, governadores e prefeitos, usando a pandemia como pretexto para fazer valer o interesse dos patrões sobre nossas vidas. As articulações iniciais que vemos se desenvolver nos bairros, com professores e demais trabalhadores das escolas, pais e alunos, contra a reabertura das escolas, se ampliadas e desenvolvidas podem se tornar instrumentos verdadeiros instrumentos deliberar quando e como retornar as aulas, ser exemplo para organização dos demais trabalhadores do pais, e poder recuperar o SINPEEM para as mãos dos educadores!

Por isso reforçamos o chamado a todos os grupos de Oposição e os setores combativos além de se somarem a ação de amanhã, para que nos concentremos em ampliar todos estes iniciais movimentos de auto-organização, podendo generalizar em todas as escolas essas discussões com as comunidades, a publicação de cartas e manifestos, mas também podendo pensar como desde cada chão da escola podemos estruturar uma organização profunda e de base que seja capaz de articular os movimentos já existentes nas regiões para pressionar o nosso sindicato a ter que se colocar de fato na nossa mobilização, para que possamos barrar a PL de Covas e construir uma mobilização em toda a cidade.




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