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DESEMPREGO NO ABC | ABC do Desemprego

sexta-feira 20 de maio de 2016 | Edição do dia

A taxa de desemprego no abc já ultrapassou os 16%, o desemprego e falta de oferta de postos de trabalho é o tema mais recorrente em todas as rodas de conversa na região, muitos comentam que há décadas a situação não estava tão ruim assim.

Essas conversas informais revelam as impressões subjetivas de diversos trabalhadores, e não expressam menos do que a verdade. O desemprego na região do grande abc atingiu em março a taxa de 16,7% (1.148mil de pessoas desempregadas), em uma região que predominantemente depende da indústria automotiva. Somente durante o mês de março as demissões significaram a retirada de 32 mil postos de trabalho na indústria de transformação, com destaque para o setor metal-mecânico que reduziu 22 mil postos de trabalho. Os empregos com maior rendimento estão localizados na indústria, e a expressão disso está na queda do rendimento médio dos trabalhadores da região, que vem decaindo progressivamente.

No ultimo mês a queda da massa de rendimento médio dos trabalhadores foi de 5,6%. A média salarial na região caiu para R$2.120. Da mesma forma aumentou o numero de horas trabalhadas dos empregados, entres os ocupados, os trabalhadores que trabalham mais de 44 horas semanais foi para 29,3% . A PED ABC vem reafirmar os dados recentes da PNAD, divulgados no dia 19/05, que indicam o aumento do desemprego e a queda do rendimento médio do trabalhador.

Os dados também revelam algo que cada trabalhador sente em seu local de trabalho, quanto mais pessoas demitidas, maior a necessidade de trabalhar mais para realizar o trabalho de outros trabalhadores. A jornada de trabalho se torna mais desgastante, pois o trabalho que antes era realizado por dois ou três trabalhadores, agora deve ser realizado por apenas um trabalhador, isso demonstra o aumento nas horas de trabalho, e a redução da massa salarial.

O desemprego na região chegou a um ponto tão alarmante, que encontramos situações criticas como, a situação terrível em que os heroicos trabalhadores da Karman Ghia, depois de quase dois anos lutando contra a direção da empresa, onde um dos principais acionistas é descendente de Don Pedro II, e obrigar a direção da CUT no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC a ocupar a fábrica pela luta dos seus direitos.

Hoje em Diadema presenciamos cenas de barbárie produzidas pela Policia Militar contra centenas de trabalhadores que buscavam emprego. A mesma PM que protagonizou a invasão na subsede de Diadema do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

É central que desde já se edifique um plano de lutas sério contra as demissões, pela via das centrais sindicais, em aliança com os setores de juventude e trabalhadores que estão em luta, como na USP, UNICAMP, UNESPs, Professores do Rio e os secundaristas, contra os ataques e a carestia de vida, que tendem a se agudizar no próximo período tendo em vista os anúncios da agenda neoliberal do governo golpista de Temer.




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