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RIO GRANDE DO SUL | A unidade necessária para derrotar Sartori e Marchezan

Os professores do estado estão mostrando o caminho para enfrentar os parcelamentos e privatizações de Sartori. Unificando as forças dos professores com os rodoviários e municipários é possível vencer os parcelamentos e as privatizações.

Thiago FlaméSão Paulo

quinta-feira 28 de setembro de 2017 | Edição do dia

Sartori e Marchezan, PMDB e PSDB, replicam no estado do Rio Grande do Sul a mesma aliança que sustenta o governo golpista de Temer, responsável pela PEC do teto dos gastos e pela reforma trabalhista. E seus planos são os mesmos. Parcelamento e congelamento de salários, ataque aos direitos trabalhistas, demissões e privatizações. A Carris sofre cada vez mais na pele os preparativos para a privatização, enquanto os municipários também sofrem na pele o parcelamento que os servidores estaduais são vitimas há 22 meses, além de outros ataques.

Apesar dessa ofensiva combinada, não será fácil para Sartori e Marchezan aplicarem seus planos. Marchezan já foi obrigado a recuar nos ataques e em toda a linha que prometia em julho. A ameaça de resistência que se esboçou e a crise no interior da sua base de apoio o obrigaram a adiar e fatiar seus ataques. Os rodoviários, que estão sendo atacados com demissões e cortes de tabela desde o inicio do ano, viraram de novo o alvo preferencial do prefeito, que nesse momento está retomando com tudo a ofensiva sobre a Carris. A derrota importante na votação da elevação do IPTU, que o governo Marchezan amargou nesta quinta-feira (28), mostra suas contradições e reafirma que agora é o momento de se mobilizar e se unificar com os professores.

A forte greve dos trabalhadores da educação abre a possibilidade de uma unidade mais ampla, que se estenda até impor uma derrota para o projeto golpista no Rio Grande do Sul.

Estender a greve para todos os servidores estaduais

Os professores estão em greve, sustentando uma luta contra o parcelamento e o pacote de congelamento de salários e privatizações, que atinge diretamente todos os servidores e trabalhadores das estatais.

Os sindicatos de servidores e de trabalhadores das estatais ameaçadas deveriam estar organizando e convocando cada categoria para a luta. Não só os sindicatos de servidores, mas também o sindicato dos bancários deveria estar chamando os trabalhadores do Banrisul a se mobilizar e somar forças com os professores.

Sartori tenta colocar os que ganham menos contra os que ganham mais, tenta chantagear os servidores para aprovar seu plano de privatizações. Eles querem nos dividir para nos derrotar, nossa resposta tem que ser a unidade e a ampliação da greve dos professores, estendendo essa luta ao conjunto dos servidores.

Professores, rodoviários e municipários: a luta é uma só

Contra o plano de Marchezan e Sartori, que é um só, nossa luta deveria ser uma só também. Ao longo de todo o ano os trabalhadores do município têm se mobilizado já ocorreram diversas assembleias lotadas, que poderiam ter organizado uma luta contundente contra o Marchezan. Agora o Simpa não pode mais adiar a luta e perder o momento para se unificar aos professores. Na assembleia de sexta-feira, no dia do ato unificado dos servidores, se os municipários aprovarem greve, daremos um passo decisivo na luta contra nossos inimigos comuns.

Os trabalhadores da Carris também estão começando a sair da paralisia sob o acumulo de tantos ataques do prefeito Marchezan. A unificação dos professores do estado com os servidores do município e os rodoviários representa uma enorme força social que pode barrar os ataques em curso. É preciso unificar as ações e as mobilizações de todos os setores, incluindo os trabalhadores dos Correios em greve, e avançar no caminho de criar comandos de mobilização unificados entre as categorias em luta, principalmente em Porto Alegre unificando a luta contra Sartori e Marchezan.

Por um grande ato unificado em Porto Alegre

Até agora, passados mais de 20 dias de greve, o CPERS não organizou nenhum grande ato que fosse uma demonstração de forças dos professores. Nesta sexta-feira (29), logo após a assembleia no Gigantinho, será o primeiro ato. É preciso colocar todas as forças pra que seja um grande ato.

Mas é preciso preparar uma manifestação muito superior, que unifique todos, os servidores, os municipários, os rodoviários, a juventude e toda a população de Porto Alegre. Um ato no fim da tarde, no Centro, amplamente divulgado e convocado por todos os setores da esquerda, parlamentares, sindicatos e organizações estudantis. Poderíamos nos dar a tarefa de colocar dezenas de milhares de pessoas nas ruas, numa demonstração contundente de rechaço popular aos planos de Sartori e Marchezan.

Parar o estado e retomar o caminho da greve geral

Esse conjunto de propostas de mobilização poderiam culminar em uma grande ação unificada de toda a classe trabalhadora do Rio Grande do Sul, que seria, sem dúvida, uma inspiração para a luta dos trabalhadores de todo o país. Por isso, exigimos das centrais sindicais que organizem um grande dia de paralisação estadual, para colocar Sartori e Marchezan contra as cordas e retomar o caminho aberto pela greve geral do dia 28 de abril que parou o país.

É possível retomar aquela unidade que paralisou 100% do transporte publico de Porto Alegre e região metropolitana e de várias outras regiões do estado. Mas sabemos que as centrais que traíram a luta no dia 30 de junho e permitiram o fôlego que o governo Temer precisava para se restabelecer não vão convocar uma paralisação assim no estado, pelo menos não por iniciativa própria. A pressão tem que vir das bases e das oposições sindicais combativas.

No sentido de somar forças nessas propostas, colocamos o Esquerda Diário a disposição das professoras e professores do estado para divulgar e organizar sua luta e a serviço da construção da agrupação Nossa Classe, que está defendendo essas e outras proposta de mobilização no dia a dia da greve.




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