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USP NA PANDEMIA | A reitoria da USP e sua nova contribuição para um genocídio

sexta-feira 21 de maio de 2021 | Edição do dia

O coronavírus é como uma espécie de arma apontada para a cabeça de todos os brasileiros e brasileiras. Mas, a política negacionista, seja ela declarada como a de Bolsonaro, ou dissimulada como a dos governadores e prefeitos, e gestores públicos ou privados, tem sido o fator que tem acionado o gatilho, que já ceifou a vida de mais de 435 mil pessoas no nosso pais.

Foram perdidas centenas de milhares de vidas que poderiam ter sido salvas, com quarentena organizada cientificamente, através de testes massivos, com fechamento de todas as atividades não essenciais, garantindo a manutenção de todos os empregos e salários, com pagamento de auxilio emergencial compatível com as necessidades de cada família e com a vacinação em massa.

Por isso, nossos 435 mil pais, mães, avós, filhos, filhas, irmãs, irmãos, tios, tias, esposas, maridos, amigos e amigas que morreram nessa pandemia, não são vitimas apenas de um vírus. O vírus foi como uma arma, e não teria causado tragédia humana dessa proporção se não fosse a ação criminosa dos que acionaram o gatilho.

De fato, os nossos mortos foram vítimas de um genocídio premeditado e levado a cabo conscientemente por Bolsonaro com seu negacionismo que chega, entre tantos outros, ao absurdo de se negar a comprar vacinas. Mas também foi levado a cabo por todos aqueles que desmontaram o sistema de saúde pública causando a redução de vagas nos hospitais, a falta de leitos e UTIs nos estados e municípios, por todos aqueles que permitiram a falta de oxigênio hospitalar e por todos que impuseram o retorno das aulas presenciais expondo os professores, as crianças e suas famílias ao risco infecção pelo vírus, e todos aqueles que obrigaram os trabalhadores a se exporem ao risco do contagio, em ônibus e trens lotados pra garantir os lucros e o enriquecimento dos patrões.

Não podemos ter complacência com nenhum desses. É preciso chamar a todos pelo significado e consequências de seus atos, ou seja, assassinos, carrascos dos nossos entes queridos.

O negacionismo na academia

Se é verdade que toda ação consciente que leve a perda de vidas humanas constitui crime, não há como negar o caráter criminoso de varias decisões tomadas de forma consciente por muitos gestores da USP, a começar pelos dois últimos ocupantes do trono de reitor. Decisões que já custaram a vida de algumas dezenas de de companheiros e companheiras, efetivos e terceirizados.

A maior responsabilidade cabe diretamente ao reitor não só por haver retardado o início da quarentena para os trabalhadores e trabalhadoras da USP, mas também por deixar com as mãos livres, os diretores de unidades que se recusaram a liberar trabalhadores do grupo de risco, como fez o superintendente do HU, bem como endossar as decisões criminosas de diretores de unidade como o da Faculdade de Odontologia que decidiu reabrir a clinicano momento mais grave da pandemia.

Essa cepa de negacionistas, composta por cientistas, contribuíram em alguma medida para o genocídio de mais de 435 mil pessoas no pais. Mas alguns parecem achar que contribuição dada até aqui foi pouca. Esse parece ser o caso do diretor da EEFE, que se aproveita de uma brecha deixada deliberadamente na documento do reitor, responsável maior, para extrapolar todos os absurdos e baixar uma circular que impõe o retorno ao trabalho presencial de vários setores da faculdade, independente de quem esteja ou não vacinado.

Com isso, esse negacionista da cepa dos PHD, aciona o gatilho, que obriga trabalhadores e trabalhadoras, vacinados e não vacinados, a se exporem e a exporem suas famílias ao risco de contagio e de morte. como este a vários outros e se não fizermos nada o que aconteceu na Faculdade de Odontologia e está acontecendo agora na EEFE, vai se generalizar na universidade.

Nós, trabalhadores e trabalhadoras da USP, efetivos e terceirizados, não podemos ser complacentes com que se propõe a causar nossas mortes e/ou a morte de nossos familiares, obrigando-nos a exposição ao risco do contagio e possível morte.

Precisamos nos organizar em todas as unidades e, através do nosso sindicato, dizermos um basta!

Não aceitamos mais servir de trampolins para nenhum desses negacionistas com PHD, que querem expor nossas vidas, apenas com o objetivo de projetar suas carreiras políticas.

Não ao retorno irresponsável!




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