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INTERNACIONAL | A pior avaliação de Piñera: após rebelião popular chilena, apenas 6% aprovam o governo

O Centro de Estudos Públicos (CEPchile) divulgou nesta quinta-feira os resultados das expectativas da população, do governo e outros números mais de 70 dias após a revolta popular.

quinta-feira 16 de janeiro de 2020 | Edição do dia

Nesta quinta-feira, foram divulgados os resultados da Pesquisa de Estudos Públicos (CEP), mostrando que a aprovação do governo Piñera caiu para 6%, com 82% dos entrevistados indicando desaprovação.

Na última edição, em maio de 2019, a aprovação de Piñera alcançou 25%, enquanto sua desaprovação batia 50%, 12 pontos percentuais a menos do que no período de outubro a novembro de 2018.

A pesquisa também apontou que 67% aprovam uma nova constituição e 13% a rejeitam, com 20% dos entrevistados com opinião indefinida. Sobre as expectativas da mobilização, 56% acreditam que a Nova Constituição ajudará a resolver os problemas do país. Quanto ao processo constitucional, 44% indicaram ser a favor da convenção constitucional e 37% a favor da convenção mista.

No entanto, a campanha pela "convenção constitucional" é uma grande armadilha de todos os partidos do regime com Piñera para um plebiscito e uma "convenção" que não tocará os pilares da herança da ditadura que permaneceram até hoje.

O processo constituinte em curso é feito para que nada realmente mude, como o poder de veto com a qual permaneceu a direita de 1/3 do quorum supra-majoritário e que lhe permite impedir suas posturas, o que impedirá qualquer avanço estrutural no pilares que deixaram a ditadura, ou a representação dos constituintes sob as mesmas regras de eleição dos deputados, ou seja, dando-lhe a super-representação histórica que a direita teve no parlamento e privilegiando os grandes partidos empresariais, ou mesmo acordos, porque o processo não toca em tratados econômicos internacionais, que incluem os brutais Acordos de Livre Comércio assinado pelo Chile, que o subordina à dependência econômica e que impede a verdadeira soberania sobre nossos recursos.

É por isso que as principais organizações sindicais, estudantis e sociais, bem como as condutas do Conselho da Unidade Social(Mesa de Unidad Social, em espanhol), devem promover um plano de luta ascendente que culmine em uma greve geral para conter a enganação do atual processo constitucional e que imponha um plano de emergência com as principais demandas levantadas pelas pessoas nas ruas, como o fim das AFPs, Saúde e Educação gratuitas, salário mínimo igual à cesta básica da família e a renacionalização dos recursos naturais sob gestão dos e das trabalhadores para financiar essas demandas estruturais. Com este processo constituinte, isso não será debatido.




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