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PRONATEC | A “meta em aberto” de Dilma para Jovem Aprendiz no PRONATEC é na verdade uma redução drástica nas vagas

No dia 29/07, a presidente Dilma Rousseff anunciou a abertura de 15 mil vagas no Programa Pronatec Jovem Aprendiz.O programa previa 12 milhões de vagas até 2018, mas o governo fala agora em 15 mil. As 15 mil vagas representam 0, 125% das 12 milhões, ou seja, só será aberta 1 vaga para cada 800 que foram prometidas

quinta-feira 30 de julho de 2015 | 01:35

No dia 29/07, a presidente Dilma Rousseff anunciou a abertura de 15 mil vagas no Programa Pronatec Jovem Aprendiz. O que pode parecer um grande investimento no programa é na verdade uma redução drástica na meta prevista.
A meta traçada em junho do ano passado era de 12 milhões de novas vagas até 2018, no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego. O que pode parecer um discurso confuso da presidente “Não vamos colocar uma meta. Vamos deixar em aberto. Quando a gente atingir uma meta, a gente dobra a meta.”, mostra na verdade a falácia do discurso da “Pátria Educadora". As 15 mil vagas representam 0, 125% das 12 milhões, ou seja, só será aberta 1 vaga para cada 800 que foram prometidas.

A redução no número de vagas é resultado do corte de anunciado em junho, de 2 milhões de vagas no PRONATEC, cerca de 66% a menos de vagas em relação a 2014. Este corte já causou sérias conseqüências, como aulas suspensas e professore suspensos, como já denunciamos no Esquerda Diário.

Os cortes no PRONATEC são parte dos bilionários cortes que vem ocorrendo desde o início do ano na educação, atingindo as universidades públicas, os projetos de financiamento ao ensino como FIES. Os cortes abriram uma crise nas universidades e várias estão em greve hoje entre as 3 categorias.

Por trás nos cortes de vagas tem um ataque maior a juventude trabalhadora e precarizada, que opta por um curso técnico, que tem uma duração menor e são profissionalizante para que possam entrar no mercado de trabalho mais rápido, muitos não tem acesso ao ensino superior, seja por não conseguirem pagar nas Universidade privadas, seja por não conseguirem passar no vestibular das Universidades públicas.

No discurso do anúncio Dilma diz que estas vagas vão ser destinadas para jovens que moram em cidades com maior índice de criminalidade, chamando os empresários a darem “oportunidade aos jovens”. Ao mesmo tempo Dilma aprova no Senado, junto com Serra, mudanças no ECA para estender o tempo de prisão dos jovens de 3 a até 10 anos, atacando o futuro da mesma juventude que diz proteger.

Num momento em que o governo e os empresários atacam a juventude e os trabalhadores com diversas medidas, aumentam cada vez mais o descontentamento e a desaprovação atinge níveis baixíssimos. A força da juventude estudantil e trabalhadora precisa ser organizada em nos locais de estudos para organização a revolta contra os ataques a educação, exigindo mais vagas, gratuidade total dos estudos, incluindo os técnicos, fim do vestibular e estatização das universidades privadas, que cada vaga no FIES e PROUNI seja estatizada, bolsas para manter os alunos, limitação da jornada de trabalho a 5 horas diárias para todos os estudantes, expansão dos cursos, contratação de professores para garantir educação de qualidade para todos.




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