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A disputa política suja da direita é baseada em perseguir jornalistas

Uma das táticas de disputa política política da direita é perseguir jornalistas de opiniões divergentes. Em 2017, o número de denúncias aumentou, e metade delas é contra o MBL.

quarta-feira 18 de outubro de 2017 | Edição do dia

Dentre as táticas que a direita em geral possui de travar debates ideológicos com as opiniões divergentes, uma das mais comum é a perseguição de jornalistas. Como exemplo disso temos o último caso de demissão de um jornalista por uma perseguição política: Diego Bargas, ex-jornalista da Folha, foi demitido após publicar uma crítica ao filme de Danilo Gentili. Gentili foi responsável por fomentar na internet uma mobilização em torno de vasculhar e perseguir a vida do jornalista, que teve suas mídias sociais ovacionada por diversos xingamentos e ao final foi demitido pela Folha.

O Movimento Brasil Livre (MBL) também é um assíduo praticante da perseguição de jornalistas. Em 2017, segundo o estudo feito pela Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), de todas as denúncias realizadas, mais da metade foram contra o MBL, que se diz liberal. Este ano, os casos de ataques aos jornalistas tem aumentado, especialmente ao MBL que reproduz um método de caça aos jornalistas, com todo tipo de ataque superficial e ofensivo.

O sindicato dos Jornalistas repudiou a demissão de Bargas, afirmando que "É mais um grave caso de perseguição e intimidação a jornalistas, o sexto ocorrido em São Paulo nos últimos meses, e que mostra uma escalada contra a liberdade de expressão e de imprensa em nosso país". Segundo a nota do sindicato, Bargas fez uma análise correta do filme, que mostra a orientação política de Gentili e do diretor do filme, mas o que Gentili fez foi mostrar sua total intolerância à diversidade jornalística e buscar defender seu produto.

O caso de Bargas coloca muito explicitamente que essas figuras públicas e as organizações que se declaram de direita são completamente incapaz de estabelecer uma via de diálogo que consiga de fato contra-argumentar de maneira política. O que fazem é apenas atacar e perseguir as opiniões contrárias, sem vínculo com a verdade, e sobrevivendo às custas de imenso patrocínio empresarial para utilizar a nova direita como via de tentar oferecer novas caras para uma agenda retrograda como a defesa do trabalho escravo sem punição, reforma da previdência e trabalhista.

Os muitos anos de aliança do PT com a direita e sua renovada estratégia de buscar conciliar com a direita e oligarquias golpistas em todo país ajuda a criar condições que esses setores se sintam com coragem para tentar intimidar artistas, jornalistas. Impedir a luta dos trabalhadores contras as reformas e Temer impediu o desenvolvimento à esquerda da crise política do país e o MBL e consortes tentam se aproveitar do momento. Mas também crescem as respostas pela liberdade de expressão, contra a Cura Gay, contra o Escola Sem Partido, precisamos ajudar essas respostas e a importante luta dos trabalhadores do Rio Grande do Sul como pontos de apoio para organizar a resposta à direita e aos capitalistas em todo o país.


Temas

MBL    Política



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