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DESEMPREGO | A culpa do desemprego é do trabalhador?

quinta-feira 27 de outubro de 2016 | Edição do dia

As reclamações trabalhistas vêm crescendo nos últimos anos e no período de 2011 a 2015 cresceu mais de 45%. Nos primeiros oito meses deste ano o número já subiu 6,8 %. No mesmo passo, o desemprego ficou em 11,3% de abril a junho deste ano, segundo série história da Pnad. A população desocupada soma 12 milhões de pessoas, um aumento de 33,9% frente ao mesmo trimestre de 2015.

Segundo o Estadão uma das causas para o aumento dos processos trabalhistas, se ligaria como uma visão dos trabalhadores para se ter algum ganho em períodos de crise. Ao mesmo tempo, a mídia golpista, culpa a CLT que seria confusa demais e seria muito complexo, o que gera ganhos de causa para os trabalhadores e faz com que o empresário gaste com advogados, ao invés de investir na produção. O que também seria uma explicação para o desemprego.

Diferente do que pensam os analistas da burguesia, o aumento do número de processos trabalhistas está ligado ao aumento da precarização do trabalho. Apenas nos anos de governo do PT a terceirização triplicou, e passou para 12 milhões de pessoas. Não à toa, esses setores são os que mais entram com reclamações trabalhistas às empresas.

O problema da CLT não é ser confusa ou complexa demais. Mas na verdade, de não avançar até o fim nos direitos trabalhistas abrindo brechas pra demissões em massa, ainda mais em um período de crise, e inclusive ligado ao judiciário que não está do lado dos trabalhadores, e acabam favorecendo os patrões para atacar ainda mais.

Os argumentos dos golpistas do Estadão são no sentido de pressionar cada vez por um plano de austeridade cada vez pior à população, favorecendo os empresários. O problema do Brasil não se liga à baixa produtividade, não é por isso que o Brasil não é um país “desenvolvido” a la Alemanha e EUA. Na verdade, esse argumento só serve para aumentar a precarização e formas semi-escravas de trabalho, que todos os dias aparecem na mídia.

A saída para o desenvolvimento do país, não está num plano de austeridade pois isso só pioraria a vida da população para enriquecer os grandes empresários. Muito menos em um neodesenvolvimentismo implementado pelo governo do PT, um plano de conciliação que também mostrou que só se sustentou no período de crescimento econômico.

A saída é pela esquerda, com os trabalhadores e a juventude à frente que já mostram o caminho com greves e ocupações por todo o país. Não à austeridade, ao não pagamento da dívida pública, por uma lei contra as demissões nacionalmente e que a crise que pague os capitalistas.




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