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TRIBUNA ABERTA | A aparente socialização incitada nas empresas

Não é novidade para ninguém que a terceirização de trabalho dentro de empresas existe apenas para explorar mais os operários, fazendo-os trabalhar mais e ganhar menos. Contudo algo que muitas vezes nos passa despercebido é como o sistema capitalista se utiliza dessa “segregação” para impedir que os operários se reúnam.

segunda-feira 7 de agosto de 2017 | Edição do dia

Tal insight surgiu-me ao observar o quadro informativo de uma empresa, onde estava presente a folha de “Aniversariantes do mês”. Na mesma estão presentes os aniversários de todos os funcionários, terceiros, contratados e afins. Excelente, pensaria eu, isso pode promover uma aproximação dos funcionários; sim poderia, se na folha não estivesse descaradamente descriminado, dividido, na parte superior, os aniversários dos funcionários efetivos, e na parte de baixo, os aniversariante “terceiros, estagiários, contratados”.

Pode sim parecer algo muito “pequeno”, contudo se observado do ponto de vista daqueles que estão em um trabalho praticamente mecanizado, que não são levados a observar o mundo ao seu redor de outros ângulos, ao olharem para uma página com aniversários, separados entre “fixos” e “temporários”, o comportamento reforçado será obviamente de se colocar em um desses grupos, levando assim a segregação citada no primeiro parágrafo.

Essa é só uma das práticas que várias empresas que visam o lucro e tentam evitar as greves utilizam para separar e até mesmo colocar contra, os operários que deveriam lutar lado a lado para construir um sistema mais digno, justo e igual para todos.




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