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"MERCADO" E GOLPE | A BOVESPA depois do golpe

Os últimos três anos (2013,2014 e 2015) foram anos de queda do índice Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo). Essa tendência está sendo revertida em 2016, com um avanço de 37,6% no índice até o momento, devido principalmente a certa “confiança” dos investidores após o golpista Michel Temer assumir a presidência. Porém, analistas de investimentos preveem que novos saltos da bolsa de valores brasileira só acontecerão depois de reformas, para nós "contra-reformas".

segunda-feira 5 de setembro de 2016 | Edição do dia

A empresa de consultoria XP Investimentos prevê valorização das ações dos setores financeiro e de infraestrutura. Dito de outra forma, os bancos devem continuar aumentando seus lucros; e as empreiteiras devem continuar tendo papel destacado, devido à privatização da infraestrutura, processo que Temer deve acelerar, mas que também ocorreu nos governos petistas.

Já Roberto Indech, da corretora Rico, aposta que letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio serão mais rentáveis no longo prazo, apostando na retomada do valor dos imóveis e na especulação imobiliária, e no avanço da agropecuária, que ameaça as florestas e as populações indígenas.

Entre as reformas pretendidas por empresários e especuladores da bolsa, e que fazem parte da agenda do governo, estão a reforma da previdência e a PEC que limita o crescimento dos gastos públicos. Segundo empresas de consultoria, essas medidas para reduzir os gastos pressionariam pela queda da taxa SELIC (atualmente em 14,25% ao ano) e tornariam o crédito (para os empresários e não o cheque especial, cartão de crédito dos trabalhadores) mais barato.

As contra-reformas estão vindo... é preciso resistir!

No momento, a maioria dos parlamentares está com a atenção voltada para as eleições municipais. Isso faz com que o “mercado” busque Temer para acelerar medidas que não dependem de aval do Congresso, como as privatizações. Porém, passado o período eleitoral, essas reformas que vem para atacar os trabalhadores entrarão na pauta de votações. A PEC 241 que limita os gastos, Temer tem prometido votar antes das eleições.

A limitação dos gastos públicos é um ataque frontal aos direitos dos trabalhadores e da juventude. Significa dizer que o SUS continuará precário, que as escolas continuarão sem infraestrutura, e que persistirá o déficit habitacional das cidades. Já a reforma da previdência vem para limitar o acesso dos trabalhadores à aposentadoria e a outros direitos conquistados com muita luta. Reduzir os gastos previdenciários equivale a aumentar a idade mínima para se aposentar, e restringir o acesso às pensões por morte, invalidez, auxílio-doença, etc.

Enquanto empresários e especuladores, nacionais e estrangeiros,se preocupam com os índices da bolsa de valores para lucrarem mais, e para isso, querem reformas neoliberais e Estado mínimo; nós, trabalhadores, jovens, mulheres, LGBTs, queremos nossos direitos. Queremos educação e saúde públicas e de qualidade. Queremos o direito à aposentadoria. Queremos rodovias, portos e aeroportos que não sejam privatizados, pois o trabalho terceirizado explora ainda mais os trabalhadores, precarize e encarece o acesso. Para lutar por tudo isso, é preciso ir às ruas contra os ataques que já estão vindo, e para por abaixo esse governo golpista. Exigimos que as grandes centrais sindicais ligadas ao petismo como a CUT e CTB rompam sua paralisa e deixem de falar em greve geral e se coloquem a fazer o que não fizeram em todos os 13 anos de seu governo, lutar já e com toda a força contra os ajustes.




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