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CORONAVÍRUS NO RS | 92% de ocupação: UTIs em Porto Alegre colapsam com política da morte de Leite e Marchezan

A situação da pandemia na capital gaúcha vem piorando nas últimas semanas. Nesta segunda (20), Porto Alegre ultrapassou 92% de ocupação dos leitos de UTI. Dados do sistema de transferência de pacientes indica que 50 pessoas aguardam por um leito, sendo que todos os hospitais de Porto Alegre não possuí 50 leitos livres. As políticas de Leite e Marchezan levaram o sistema de saúde da cidade ao colapso.

segunda-feira 20 de julho de 2020 | Edição do dia

A situação da pandemia na capital gaúcha vem piorando nas últimas semanas. Nesta segunda (20), Porto Alegre ultrapassou 92% de ocupação dos leitos de UTI, ficando alguns passos do colapso total do sistema de saúde da cidade, deixando com que os trabalhadores fique sem tratamento para COVID-19 e outras doenças. Com a irresponsabilidade total dos governos de Leite e Marchezan, os trabalhadores estão pagando com a vida a sede de lucros dos capitalistas.

A maior UTI para pacientes infectados pela covid-19 no Rio Grande do Sul começou a semana com a capacidade praticamente esgotada. A unidade do Hospital de Clínicas conta com 93 leitos. Hoje pela manhã, havia 91 pacientes internados. Dois leitos são mantidos para casos especiais que exigem internação mais urgente que os demais. Um dado do sistema de transferência de pacientes indica que 50 pessoas aguardam por um leito - 17 são de Porto Alegre, outros 33 são da Região Metropolitana. E no momento todos os hospitais da cidade não tem disponíveis leitos para todos, isso é uma política consciente da gestão de Marchezan de não transferir esses pacientes para os leitos de UTI para não chegar a 100% de ocupação e não ser declarado o colapso, uma política da morte que o governo está aplicando.

É uma situação bastante grave que a população de Porto Alegre chegou. Enquanto isso o prefeito Marchezan toma medidas irresponsáveis na qual ataca diretamente os trabalhadores, como o bloqueio dos cartões TRI de trabalhadores das áreas não essenciais, que esses trabalhadores não têm garantia de receber seus salários integral e nem mesmo de manter o seus empregos. O prefeito também agora afirma que com essa situação terá que impor o lockdown, que no fim será uma medida autoritária que aumentará a repressão em cima dos trabalhadores, e que no fim essa medida não é eficaz para combater a pandemia.

Mais de 90% do Estado do Rio Grande do Sul está com a bandeira vermelha no Distanciamento Controlado do governo Eduardo Leite, e a região metropolitana é a mais grave. Isso é fruto da política demagógica de Leite de reabrir a economia sem garantia de testes e muito menos de EPIs para os trabalhadores se proteger. Com todo o seu discurso “sensato” de que as empresas deveriam garantir os EPIs e iria ter uma fiscalização por parte do Estado, vimos na prática que isso não ocorreu. Podemos ver pelo o que ocorreu os frigoríficos que continuaram funcionando a todo o vapor desde o início da pandemia e tiveram altos índices de contaminação em todo o Estado (veja os links abaixo).

Mais 412 trabalhadores infectados no frigorífico JBS Ana Rech, em Caxias do Sul

No RS, 12 dos 19 surtos por COVID-19 são em frigoríficos com 240 trabalhadores infectados

A verdade é que nem Marchezan e Leite tomaram medidas para combater de fato a pandemia, e sim, tomaram medidas para que os capitalistas pudessem seguir lucrando em meio a crise sanitária. reabrindo a economia a todo o vapor com o discurso demagógico de que era abertura gradual, e o que vimos foi uma aumento cada vez maior dos casos e mortes pelo o coronavírus. Mesmo com a piora já vem aumentando nos últimos dois meses, nem Leite e Marchezan tomaram medidas para combater o vírus, ao contrário, mantiveram a abertura econômica para que os empresários continuassem lucrando enquanto os trabalhadores seguiam arriscando suas vidas. Além de sofrerem com a ameaça de corte de salário e desemprego graças a MP da morte do Bolsonaro.

Somente os trabalhadores podem dar uma saída a essa crise com a reconversão das indústrias para produzirem EPI’s, respiradores e testes massivos para a população. É necessário que os leitos da rede privada de hospitais sejam estatizados e direcionados a internação de pacientes com COVID-19 além de um sistema de saúde 100% estatal controlado por trabalhadores da saúde.

É necessário que lutemos por uma assembleia constituinte livre e soberana sem nenhuma aposta nos governadores e em Bolsonaro, para que assim possamos aplicar nossas próprias demandas tais como renda mínima de 2000 mil reais como auxílio às famílias para enfrentar a pandemia, e assim direcionar dinheiro público para as nossas necessidades e não para manter lucros de um punhado de grandes empresários.




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