Nesta terça-feira, 21, oito investigados ligados à indústria da carne, como JBS, BRF e grandes frigoríficos, que estavam presos pela operação Carne Fraca, foram soltos por determinação do juiz Marcos Josegrei da Silva.
quarta-feira 22 de março de 2017 | Edição do dia
A operação tem como objetivo investigar os esquemas de corrupção envolvendo produção e circulação de carnes no país. Além das empresas, a Superintendência Federal de Agricultura no Estado do Paraná (SFA/PR) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, estão sendo investigados.
Escândalos, como adulteração e venda de carnes estragadas foram revelados, e já impactaram com muita força a exportação, China e União europeia já suspenderam as compras de carne, o que pode trazer sérios riscos ao governo Temer, que já é bastante questionado, sem apoio popular.
Mas como já podemos ver, o judiciário mostra mais uma vez sua disposição em não punir os corruptos, que oferecem carne estragada à mesa dos trabalhadores. Não vai punir as grandes empresas como BRF e JBS, campeãs de acidentes de trabalho no Brasil, e de desrespeito à vida e aos direitos dos trabalhadores, como podemos ver no caso absurdo da demissão da cipeira Andreia Pires.
Como já falamos diversas vezes aqui, sabemos que a corrupção no capitalismo faz parte do sistema, ela é necessária para garantir os lucros dos grandes patrões, e o judiciário, que foi um dos atores mais importantes na consolidação do golpe institucional, é parte dele. Por isso defendemos que os julgamentos devem ser por juri popular, e não por juízes regados à privilégios. E somente com os trabalhadores tomando o controle de toda a produção podemos dar uma saída para os alimentos, que não seja o prato podre dos capitalistas.
