Juan ChiriocaRIO DE JANEIRO
sexta-feira 22 de maio de 2015 | 00:14
Na quinta-feira 21/05 aconteceu uma grande manifestação dos professores e estudantes da UERJ que chegou a reunir mais de 600 pessoas. Convocada como "UERJ na rua em defesa da universidade pública", foi convocada inicialmente pela associação sindical dos professores, a ASDUERJ e o DCE-UERJ, porém, diversos cursos que estão paralisados votaram aderir a esta manifestação.
A manifestação foi composta principalmente pelos estudantes. Cursos como Serviço Social, Ciencias Sociais, Comunicação, Geografia, Psicologia, Letras e Direito. Também estiveram presentes estudantes de cursos da FFP (de São Gonçalo) de História, Geografia, Letras, Matemáticas e Biologia. Além disto também havia uma delegação da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF).
O ato caminhou do Largo do Machado até o Palácio Guanabara onde uma comissão composta pelo ASDUERJ e DCE (que não tem discutido nenhuma reivindicação estudantil em nenhum lugar, nem tem se colocado a serviço desta mobilização e da paralisação, e por isto é rechaçado pelos setores em paralisação ou mobilizados) entraram e negociaram com o Governo do Estado do Rio de Janeiro.
Após quase duas horas de discussões a comissão saiu com a resposta do governo do Estado do Rio (PMDB) de que pagariam os salários restantes dos terceirizados do Hospital Universitário Pedro Ernesto, pois, estes trabalhadores seriam os únicos que, segundo a reitoria ainda estariam sem receber (terceirizados do campus Maracanã teriam, supostamente recebido nesta quarta 20/05) e ainda voltaram com a promessa do governo Pezão de que estes pagamentos não voltariam a atrasar. Ficou também agendada uma reunião da ASDUERJ com o governo do estado para negociar sua reivindicação salarial.
Esta abertura à negociação junto a promessa de pagamento em dia dos terceirizados levou esta entidade a comemorar o ato como vitorioso e dar o mesmo como encerrado. Esta postura gerou uma grande revolta entre os estudantes que vem que a precarização da UERJ é muito mais profunda e exigirá respostas muito maiores do que estas conquistadas. Para dar os grandes passos à frente que a crise da UERJ coloca é necessário que a ASDUERJ efetivamente coloque sua influência e força a serviço da construção da unidade e da luta de toda a UERJ.
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