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MOVIMENTO ESTUDANTIL | 6 momentos que provaram a força do Movimento Estudantil

Veja 6 momentos históricos que mostraram a força que o Movimento Estudantil tem e como podemos retomar essa grande ferramenta de luta e aliança entre estudantes e trabalhadores.

segunda-feira 30 de outubro de 2017 | Edição do dia

1) Maio de 1968 na França

Um dos mais emblemáticos momentos na história que revelam a força do Movimento Estudantil e a força da aliança entre operários e estudantes ocorreu na França, em 1968. O estopim do movimento foi a organização dos estudantes em resposta a grande repressão que enfrentavam na Universidade de Paris. No início de maio, a administração alegou que fecharia a escola e ameaçou expulsar os alunos que se manifestavam. Os estudantes saíram em protesto contra tais medidas, e foram brutalmente reprimidos pela polícia, então, em resposta os sindicatos aderiram às pautas estudantis e chamaram uma imensa greve geral, que mobilizou cerca de 9 milhões de pessoas.

2) A luta contra a Ditadura Militar no Brasil

Entre as décadas de 60 e 70, no auge da ditadura militar e intensa repressão policial promovida pelos governos militares, o Movimento Estudantil foi uma grande ferramenta de mobilização dos estudantes, chegando a debater inclusive o papel social da universidade no país. As entidades que representavam os estudantes, como a UNE e DCEs foram colocados na ilegalidade, e a resistência e mobilização dos estudantes não foi barrada, levando a frente os protestos contra a ditadura militar.

3) Greve das trabalhadoras terceirizadas da limpeza da USP, em aliança com estudantes e trabalhadores efetivos -2011

Trabalhadoras terceirizadas da limpeza da USP em 2011 empregadas pela empresa União, tiveram seus salários e direitos atrasados por 3 meses. Contando com o apoio do Sindicato dos Trabalhadores da USP e também de estudantes, as terceirizadas conseguiram continuar se mobilizando pela greve e os estudantes se organizaram para arrecadar alimentos e produtos de higienes pessoais, pois estas mulheres estavam em condições de extrema necessidade. Por fim, a greve que durou 30 dias foi capaz de obrigar a USP a reconhecer sua responsabilidade e efetuar o pagamento.

4) Mobilizações massivas no Chile encabeçadas pelo Movimento Estudantil em 2011

Em 2011, o Movimento Estudantil dos universitários do Chile fizeram uma série de protestos, que perduraram por 3 meses, contra as altas cobranças de matrículas, inclusive em universidades públicas, e o modelo de financiamento que endivida muitos estudantes. As mobilizações foram intensas formandas por ocupação de universidades e greve geral, contando com a adesão de várias categorias de trabalhadores. Neste ano, um estudante, Manuel Gutiérrez Reinoso, 16 anos, foi morto com um tiro no peito pela polícia militar durante um protesto.

5) Estudantes e trabalhadores da USP juntos contra o corte dos salários e efetivação das demandas estudantis - 2016

Em 2016 os estudantes ocuparam o prédio do curso de Letras e a direção da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) negociaram com a Reitoria da universidade, afirmava que iria cortar o ponto dos funcionários e só não ia cortar se os estudantes desocupassem o prédio do curso de Letras. Os trabalhadores, mesmo com o risco de terem o ponto cortado, disseram que não iam nos pedir pra desocupar o prédio, pois a luta era apenas uma. Os estudantes, fortalecendo essa aliança, desocuparam contra o corte de ponto.

Veja: Primeiro dia de Greve na USP com unificação entre trabalhadores e estudantes e tentativa de intimidação da reitoria

6) Conquista de Cotas Raciais na Unicamp

Neste ano de 2017, a mobilização dos estudantes da Unicamp em Campinas transformaram os rumos da universidade e fizeram a reitoria tremer diante da força que tem o movimento estudantil. Foram 3 meses de greve, 2 meses de ocupação na reitoria e um festival chamado "Festival por Cotas" marcando os 51 anos de racismo e elitismo desta universidade. O movimento foi impulsionado pelo Núcleo de Consciência Negra, pela Frente Pró-Cotas e diversos estudantes que participaram de todo o processo, bem como intelectuais e militantes do movimento negro.

Veja: Cotas na Unicamp: quando fizemos o bastião do racismo tremer




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