Documento da Secretária Estadual de Saúde (SES) mostra que remédios como bloqueadores neuromusculares, analgésicos e sedativos estão em falta em diversos hospitais importantes do atendimento a pacientes com Covid-19, no estado onde pacientes foram intubados amarrados a maca por falta do "kit intubação". Empresas farmacêuticas aumentaram os preços perante a escassez.
terça-feira 25 de maio de 2021 | Edição do dia
(Foto: Geraldo Bubniak/Agência de Notícias do Paraná)
O documento mostra que hospitais importantes do Rio de Janeiro, como o Hospital Federal do Andaraí, o Souza Aguiar, Miguel Couto e Albert Schweitzer, entre outros, estão entre os afetados pela falta de remédios.
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Desde abril, o consumo destes remédios tem dobrado ou triplicado em relação a média mensal. A respostas de empresas farmacêuticas foi aumentar os preços, para multiplicar seus lucros. O bloqueador neuromuscular cisatracúrio foi vendido pela distribuidora Oncovit a um preço 7% maior do que a média. Já a distribuidora Diskmed Pádua se recusou a negociar qualquer redução do valor da naloxona, medicamento para reverter o efeito de sedativos, que ela buscava vender por um preço 34% acima do mercado.
A SES, por sua vez, permitiu que os estoques destes remédios, fundamentais no combate a Covid, chegassem a níveis muito baixos antes de realizar qualquer ação. Por isso, é fundamental que todo o sistema de saúde e o combate a pandemia esteja sob controle dos trabalhadores, para evitar demora na aquisição de insumos e para evitar que estes insumos fundamentais virem mero objeto de lucro para empresas farmacêuticas e distribuidoras.
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