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DESEMPREGO | 37 mil novos postos de trabalho desocupados! Que os capitalistas paguem pela crise!

Segundo dados do G1, já são mais de 37 mil trabalhadores que aderiram ao plano de demissão voluntária nos últimos dois anos, e novos planos anunciados podem gerar mais de 22 mil cortes.

segunda-feira 9 de janeiro de 2017 | Edição do dia

Aumenta a adesão aos PDVs (Plano de Demissão Voluntária)

A cada dia sentimos mais forte na pele os efeitos da crise capitalista, a onda das grandes demissões chegou também nas estatais e promete contribuir notavelmente para o percentual de desempregados no país. Utilizando a tática de demissões voluntárias e aposentadoria incentivada, as empresas públicas driblam as leis trabalhistas e acordos de permanências para lançar novos ataques à classe trabalhadora.

O grande número de adesão nesses programas pode ser explicado em parte pela insegurança gerada nos últimos tempos. Os ataques diretos que a classe trabalhadora veem sofrendo gera um clima de insegurança muito grande, a reforma da previdência que coloca a perspectiva de aposentadoria num sonho, as "flexibilizações" da CLT, jornadas de trabalho de 12 horas, PEC 55, congelamento dos gastos com saúde e educação por 20 anos, dentre outros. Em tempos de golpe e crise econômica o governo tem incentivado esses programas até mesmo para evitar sua própria intervenção na crise de empresas estatais como os correios e Eletrobras.

Segundo o Ministério do Planejamento foram autorizados entre 2015 e 2016 pdv´s para 38.512 funcionários, sendo 12 mil para a Petrobrás, 16.208 para o Banco do Brasil e 8.200 para os correios, tendo adesão de 98%, 98% e 89% respectivamente.

Mais desempregos. Mais ataques a classe trabalhadora.

O número de empregados nas estatais caiu 4% nos últimos dois anos, mais demissões e menos contratações, o que vai de encontro com a política das empresas privadas que utilizam a desculpa de "crise" para "enxugar" os seus gastos com novas demissões e precarização do postos trabalho. Essa lógica das empresas privadas foi apropriada pelas estatais para responder ao deficit no orçamento, utilizando uma lógica de menos gente para o mesmo trabalho, ou seja, mais desemprego e trabalho precário a quem o tem.

O discurso da grande mídia glorifica essas ações como uma saída para a crise baseada em discursos que dizem: "Acabou a farra, os cofres estão vazios, estamos quebrados e teremos que todos juntos passar por essa crise", mas enquanto isso andam de jatinho e comem caviar, enquanto a classe trabalhadora batalha diariamente pelo pão, cada vez mais caro e usufrui de um transporte público de péssima qualidade e cada vez mais caro (lembrando os novos ajustes no transporte ainda em discussão).

Que os capitalistas paguem pela crise!

Os grandes empresários seguem defendo privatizações e demissões alegando que o estado não precisa de tantas empresas públicas que só geram gastos, ou seja, estão unicamente preocupados com seus lucros e explorações. O aumento de empresas privadas gera novos acordos e impostos para o governo enquanto a classe trabalhadora segue sendo atacada com postos de trabalhos cada vez mais precários e sem minimamente leis trabalhistas que os apoiem.

A saída para a crise jamais estará nas mãos dos grandes capitalistas se sempre buscam seu próprio lucro, mas sim nas mãos da classe trabalhadora que tudo produz. Que todas as empresas estejam sob controle de operários e usuários, pois só nós podemos identificar nutrir nossas demandas. A saída para a crise jamais sera ditada pelos capitalistas que a produziram e querem jogá-la nas nossas costas. Que os capitalistas paguem pela crise!




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