Tragédia capitalista. Sem vacinação em massa, testes massivos, auxílio emergencial decente, trabalhador brasileiro padece entre a fome e o coronavírus.
quarta-feira 24 de março de 2021 | Edição do dia
Fonte: Marcelo Camargo / Agência Brasil
Uma tragédia capitalista com alguns responsáveis. Uma situação que é levada pelo negacionismo de Bolsonaro por um lado e pela demagogia dos governadores de Estado por outro. Após um ano de pandemia mundial, o número de casos e mortes pelo coronavírus no Brasil seguem crescendo e hoje ultrapassaram 300 mil vidas ceifadas. À frente do ministério mais importante num momento de crise sanitária histórica, Marcelo Queiroga é hoje o 4º ministro da Saúde durante a gestão Bolsonaro. Para tentar livrar a cara deles próprios foi criado um “comitê de crise” envolvendo o Executivo, o Legislativo e alguns governadores mais alinhados ao bolsonarismo. O país lidera o ranking de média móvel de mortes por dia, com uma curva cada vez mais ascendente e sem previsão de ao menos estabilizar. Já são mais de 3 mil mortes diárias. Uma catástrofe!
Bolsonaro faz pronunciamento mentiroso na TV fingindo se importar com as milhares de vidas perdidas, ao mesmo tempo que muda artificialmente o sistema de contagem para esconder a quantidade de mortes.
A demagogia dos governadores está em muitas ações que não tomam. Falam do #FiqueemCasa mas permitem milhares de trabalhadores se amontoando nos transportes públicos. Falam em lockdown mas se negam a fazer a necessária paralisação total de todos os serviços e atividades produtivas não essenciais. Além disso, utilizam medidas mais repressivas com a Polícia, obviamente de forma seletiva nos bairros pobres e favelas.
Nenhum deles tomam alguma medida elementar para combater a fome, nem como a suspensão das contas de água, luz, gás. Ao contrário, vão pagar um auxílio emergencial a partir de abril que não compra uma cesta básica.
Não pode ser a nossa classe que pague por essa crise que mostra mais uma vez a miséria do sistema capitalista.
