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POLÍTICA | O ministério da saúde se encontra com mais de 2.8 milhões de testes para detecção de COVID-19 parados, enquanto milhares de trabalhadores correm riscos todos os dias nos seus locais de trabalho e no transporte público, enfrentam filas enormes e dificuldades de conseguirem se testar nos postos de saúde enquanto a saúde se encontra colapsada. É necessário que o sistema de saúde esteja nas mãos dos trabalhadores já, e não nas mãos do ministro Bolsonarista Marcelo Queiroga.

O ministério da saúde se encontra com mais de 2.8 milhões de testes para detecção de COVID-19 parados, enquanto milhares de trabalhadores correm riscos todos os dias nos seus locais de trabalho e no transporte público, enfrentam filas enormes e dificuldades de conseguirem se testar nos postos de saúde enquanto a saúde se encontra colapsada. É necessário que o sistema de saúde esteja nas mãos dos trabalhadores já, e não nas mãos do ministro Bolsonarista Marcelo Queiroga.

terça-feira 13 de abril de 2021 | Edição do dia

Imagem: Reprodução Getty images

O TCU determinou na sexta-feira 09/04, em despacho que o ministério da saúde dê imediata destinação aos testes RT-PCR para detecção de COVID-19 que estão encalhados e sob risco de invalidação. Segundo o Jornal Metrópoles, são mais de 2,8 milhões de testes que estão parados e perdendo validade. O próprio governo não tem uma explicação clara do porque esse testes estão parados. A Anvisa estendeu o prazo de validade dos testes até maio, ou seja, muitos correm o risco de estarem inválidos e não detectarem corona vírus, colocando mais a população em risco caso sejam liberados.

Não é a primeira vez que um absurdo desse acontece. a Anvisa em dezembro estendeu em quatro meses o prazo de validade de mais de 6 milhões de testes que estavam parados e perdendo a validade e destinou mais de 4 milhões para uso, mesmo que estes não estivessem sob plena condição de uso.

Isso tudo se trata de uma brutalidade imensa da qual o capitalismo não poupa esforços ao brincar com nossas vidas para satisfazer os lucros dos empresários com esse regime golpista durante a pandemia. Os testes que estão parados além de não serem em maioria seguros, geram lucros imensos a empresas internacionais, sendo que os comprados com dinheiro público não são destinados a população.

Mesmo assim o estado continua comprando testes das empresas fornecedoras e enriquecendo cada vez mais elas, uma vez que os testes que saem da validade, vão sendo repostos sem terem sido usados. Exemplo disso é um novo lote de 10 milhões de unidades em um novo lote que está chegando no país, sendo que existem quase 3 milhões de testes sob risco de irem para a lata do lixo.

O governo refaz mais compras de testes, enquanto existem testes que não estão sendo destinados ao povo. Nós trabalhadores vemos nossos familiares, amigos e conhecidos morrerem dentre as 5 mil mortes diárias por COVID-19, sendo que tudo isso poderia ser evitado se o estado não estivesse comprometido em garantir os lucros dos diversos empresários da indústria farmacêutica, da indústria e do comércio, que receberam milhões em regalias do governo federal além de terem carta branca para demitir trabalhadores sem garantir direitos mínimos em meio a crise econômica e a pandemia.

A calamidade pública da qual chegamos e a barbárie das qual continua crescendo com esse governo genocida é culpa da lógica capitalista de colocar os lucros dos capitalistas na frente das nossas vidas e poderia ser evitada. Os culpados são os governadores, o governo Bolsonaro, o ministros negacionistas e Bolsonaristas tal como Marcelo Queiroga ,amigo pessoal de Flávio Bolsonaro, que está sendo mais do mesmo em cruzar os braços para as mortes enquanto arquiteta maneiras de precarizar mais a saúde sob os conselhos de Bolsonaro e Mourão.

Isso precisa parar. Os únicos capazes de tirar a população dessa barbárie promovida pelos ministérios, a Anvisa, Bolsonaro, Mourão e os governadores são os trabalhadores organizados. Se o sistema de saúde fosse 100% estatal, organizado e coordenado pelos trabalhadores da saúde e pela população conforme seus interesses e não os interesses dos empresários pela manutenção dos lucros, certamente a situação seria diferente e já estaríamos a milhares de passos adiante em relação ao controle da pandemia. São os trabalhadores da saúde que estão na linha de frente no combate ao COVID-19, que podem dar cabo de fazer a saúde funcionar sob os interesses da população.

Além disso uma luta organizada de trabalhadores poderia exigir a quebra das patentes das vacinas, para assim existir o livre acesso científico para todas as informações e dados sob o COVID-19, tendo como consequência o aprimoramento e a universalização de acesso aos tratamentos e a vacina, juntamente com a reconversão da indústria para a produção massiva de insumos para o combate ao vírus. Além disso tudo, temos milhares de testes que poderiam ser feitos massivamente, por isso é importante que haja a testagem massiva da população e a utilização de hotéis e imóveis que se encontram ociosos nesse momento, para garantir um isolamento seguro com boa alimentação e medicamentos para as pessoas que estão contaminadas, separando-as do restante das pessoas para conter a propagação do vírus até que estejam curadas.

Mas para isso é necessário que as grandes centrais sindicais como a CUT e a CTB quebrem sua passividade com os golpistas e organizem os trabalhadores com assembleias de base, online ou presencial com todos os procedimentos sanitários de segurança, para conformar um plano de lutas que se choque contra o esse regime golpista e genocida e que consiga unificar o sistema de saúde nas mãos dos trabalhadores, e não dos ministros escolhidos a dedo pelo Bolsonaro, que pretendem seguir dando continuidade a obra catastrófica e desumana promovida por esse regime do golpe em plena pandemia.

Fonte: DCM/ Jornal Metrópoles




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