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MARIELLE FRANCO PRESENTE! | 3 mentiras absurdas da direita contra Marielle: desmascaradas

A nojenta direita brasileira, descendente direta dos donos de escravos, mostrou novamente sua cara repugnante e racista ao tentar caluniar Marielle Franco, vereadora assassinada na quarta-feira passada em um crime de execução com muitos indícios de participação direta ou indireta de agentes policiais.

domingo 18 de março de 2018 | Edição do dia

Compartilhada pelo deputado e coronel Alberto Fraga da bancada da bala, e pela desembargadora do TJ-RJ Marília Castro Neves, a Fake News mostra no fundo o que agentes políticos e judiciários querem o "gatilho fácil" da polícia contra os negros, os pobres e os trabalhadores.

Leia também: Tudo no caso de Marielle aponta para envolvimento policial, segundo coordenador do MPF Rio

Defensores da moral do "bandido bom é bandido morto", apoiadores de Bolsonaro etc, usam desta tática do "fake news", informações totalmente falsas compartilhada em redes como whatsapp, dizendo que ela seria a vereadora do Comando Vermelho, que teria sido mulher de Marcinho VP, ou ainda que teria engravidado aos 16.
Mostramos abaixo as mentiras, desmascaradas pela checagem de fatos:

1ª Mentira: Foto forjada

O casal retratado na "Fake News" elaborada pela direita são duas pessoas comuns que compartilharam sua imagem em um fotolog em 13 de agosto de 2005. O rastro da imagem foi apurado pela agência Aos Fatos.

2ª Mentira: é impossível que a foto fosse de Marcinho VP

Ainda segundo a agência de checagem "Aos Fatos" há dois traficantes famosos com o apelido de "Marcinho", e nenhum dos dois poderia estar nesta foto, que foi tirada quando Márcio Amaro de Oliveira, um traficante do Alemão, já estaria morto (desde 2003), enquanto que Márcio dos Santos Nepomuceno estaria preso (desde 1997).

Além disso, somente com muita vontade de acreditar em mentira é que uma pessoa poderia confundir a pessoa da foto com Marielle.

3ª Mentira: Marielle não foi eleita em áreas dominadas pela facção Comando Vermelho

Marielle foi eleita majoritariamente por votos em Leblon, Gávea, Ipanema e Lagoa, ou seja, a acusação de que seria candidata pelo Comando Vermelho também não se sustenta a um simples Google. É muita "vontade de acreditar em mentiras" ou seria reacionarismo puro destas pessoas?

Tentam esconder as mãos sujas do estado com o sangue de Marielle e de milhares de negros e pobres

Este tipo de discurso tem, por trás, a tentativa de justificar o assassinato. Como grande parte da sociedade, inclusive o Ministério Público Federal, vê fortíssimos indícios de participação policial na execução, então os defensores da violência policial adotaram este discurso.

No fundo, por trás destas mentiras, está o desespero dos agentes policiais e de seus representantes da Bancada da Bala, pelo fato de que claramente há um envolvimento direto ou indireto de agentes policiais neste assassinato. Afinal, foram usadas as balas da Polícia Federal, que até agora não tem nenhuma explicação convincente do porquê disto.

A realidade é que grupos de extermínio e milícias tem uma profunda ligação com o estado burguês e seus aparelhos repressivos, uma herança que carregamos até hoje, desde a ditadura militar quando estes grupos eram usados para reprimir os trabalhadores.

Este tipo de mentira espalhada pela direita, na realidade, era um dos grandes inimigos combatidos por Marielle: quando negros ou pobres são assassinados pela polícia, rapidamente a Rede Globo ou qualquer outro canal da grande Mídia definem a vítima da ação policial como um "suspeito". A acusação sem provas, "era traficante, era bandido", simplesmente por estar na favela ou por ser negro, mostra que até hoje nosso país carrega um profundíssimo racismo herdado dos tempos da escravidão. A criminalização da pobreza é usada para justificar o gatilho fácil da polícia, ao mesmo tempo que se volta contra os trabalhadores que são retratados como "vândalos" quando vão se manifestar contra a miséria que o sistema capitalista lhes impõe.

Enquanto Bolsonaro se cala, a direita rasteja nas redes tentando reverter o efeito político deste escândalo nacional que mostra quão podre é a "democracia" que vivemos, uma democracia da bala e da repressão contra os trabalhadores, e do crime organizado com domínio em todas as escalas do estado, e com a participação direta da própria polícia, assim como políticos do alto escalão.

Não podemos deixar que Temer, a Globo, e esta casta política, arranque de nós toda a luta de Marielle. Estes planejam aprofundar ainda mais a repressão com a intervenção federal. Lutemos por uma comissão de investigação independente dirigida por organismos de direitos humanos, advogados e juristas, com participação dos sindicatos e movimentos populares que lutam por justiça. Por amplo movimento nas ruas para derrubar a intervenção federal de Temer e fazer com que os capitalistas paguem pela crise do Rio.

Marielle Presente!




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