A greve geral convocada para o dia de amanhã deve ter proporções históricas, fala-se na maior greve dos últimos 20 anos. Em todo o território nacional as mais diversas categorias se mobilizam para barrar as reformas que o governo Temer quer descontar sobre os trabalhadores. No Rio de Janeiro não é diferente, os sindicatos das áreas de transporte e educação estão entre as entidades que decidiram aderir à greve geral. Confira todas as categorias que irão paralisar.
quinta-feira 27 de abril de 2017 | Edição do dia
A greve geral convocada para o dia de amanhã deve ter proporções históricas, fala-se na maior greve dos últimos 20 anos. Em todo o território nacional as mais diversas categorias se mobilizam para barrar as reformas que o governo Temer quer descontar sobre os trabalhadores. No Rio de Janeiro não é diferente, os sindicatos das áreas de transporte e educação estão entre as entidades que decidiram aderir à greve geral.
Motoristas de empresas de ônibus municipais e intermunicipais, BRTs, VLTs e coletivos turísticos e escolares prometem parar a partir do primeiro minuto de sexta-feira. A categoria participou de assembleia anteontem, no Sindicato Municipal dos Trabalhadores Empregados em Empresas de Transporte Urbano de Passageiros do Município do Rio (Sintraturb-Rio), mesmo com a pressão contrária da patronal. O Rio Ônibus, sindicato que representa as empresas de ônibus do Rio de Janeiro, informou que todo o planejamento foi preparado para que o funcionamento seja pleno nesta sexta-feira e que os rodoviários que não forem trabalhar terão falta. A associação vai se concentrar em frente à prefeitura, a partir das 8h30, para um ato de protesto.
A previsão é que as barcas também parem, a partir das 6h. Além da interrupção, a Federação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Aquaviários e Afins marcou um “apitaço” das embarcações entre 12h e 12h05. A situação estará sujeita a reavaliações durante o dia.
As escolas das redes municipal e estadual vão parar, segundo informações do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe). Instituições de ensino da capital e de mais 29 cidades estão listadas para aderir à mobilização.
O funcionamento das escolas particulares varia de uma instituição para outra. Algumas instituições já confirmaram a suspensão das atividades: Colégio Santo Inácio, Jardim-Escola Michaelis, Escola Sá Pereira (todos em Botafogo), Colégio São Vicente de Paulo (Cosme Velho), Edem (Largo do Machado), Colégio Marista São José (Tijuca) e Colégio São Vicente de Paulo e La Salle Abel (Niterói). As aulas do Colégio Cruzeiro, no Centro, estão mantidas, mas não haverá provas.
A posição do Sindicato dos Bancários, por sua vez, é manter os bancos do município fechados. De forma unânime, a categoria decidiu pelo apoio à causa, após encontro realizado no dia 19 de abril.
Os Correios entrarão em greve por tempo indeterminado já na quinta-feira,27. A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) justificou a decisão foi tomada depois das ameaças de privatização e demissões, o fechamento de agências e o "desmonte fiscal" da empresa, com diminuição do lucro devido a repasses ao governo e patrocínios.
Às 16h está previsto um ato unificado na Cinelândia, convocado por oito centrais sindicais, contra a reforma da previdência.
