O Boletim Infogripe da Fiocruz, divulgado na terça-feira (25), aponta um sinal forte de crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil. 25 dos 27 estados apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo até a semana epidemiológica 3. Dados escancaram o descaso do governo Bolsonaro, governadores, STF e Congresso com a saúde e as vida dos trabalhadores e do povo pobre.
terça-feira 25 de janeiro de 2022 | Edição do dia
Acompanhamento dos casos de SRAG pela Fiocruz — Imagem: Reprodução Fiocruz
"Percebe-se que a tendência se mantém desde a Semana Epidemiológica (SE) 48, que remete ao início de dezembro de 2021", informou, em boletim, a Fiocruz.
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A entidade afirma que o crescimento de SRAG é observado em todas as faixas etárias da população adulta. Neste ano, já foram notificados 22.465 casos de SRAG, de acordo com a entidade.
"Dentre os casos positivos do ano corrente, 15,1% são Influenza A, 0,1% Influenza B, 3,1% vírus sincicial respiratório (VSR), e 73,3% Sars-CoV-2 (Covid-19)", afirma o boletim.
De acordo com a pesquisa, 25 dos 27 estados apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo até a semana epidemiológica 3 (período de 15 a 22 de janeiro de 2022).Roraima e Espírito Santo são os únicos estados que não apresentam tendência de crescimento no longo prazo.
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23 das 27 capitais apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo. Somente Porto Velho (RO) e Vitória (ES), São Paulo (SP) e Salvador (BA) não fazem parte desta lista.
Mas, o boletim faz um alerta para a situação de Porto Velho e Vitória. As duas capitais estão com sinal de crescimento no curto prazo.
Esses dados escancaram o descaso com a saúde e forma completamente irracional de enfrentamento utilizado tanto pelo negacionista governo Bolsonaro e Mourão, assim como pelos governadores, prefeitos, STF e Congresso, que preferem ver as pessoas morrendo aos montes do que investir em testes massivos e isolamento adequado dos infectados em hotéis, pousadas etc contratando todos os profissionais da saúde disponíveis para trabalhar além de girar a indústria e as universidades para produzir o necessário para combater a pandemia e as demais gripes, justamente porque isso se choca com os lucros dos capitalistas que esses golpistas defendem.
Como expressão disso é o fato de que diversos setores da burguesia tiveram lucros exorbitantes, com o aumento de bilionários brasileiros durante a pandemia, ao mesmo tempo em que aumentava a fome e a miséria do povo brasileiro.
Como nós do Esquerda Diário sempre defendemos, é preciso um plano de emergência com testes massivos e isolamento adequado de infectados, além de uma reorientação das forças produtivas para estas sejam utilizadas para combater a crise sanitária e as mazelas econômicas que ela traz consigo no capitalismo.
Para isso, é preciso que a classe trabalhadora esteja unificada e auto organizada, para dar uma resposta de fundo realmente efetiva. É preciso forçar que as grandes centrais sindicais como a CUT dirigida pelo PT e a CTB dirigida pelo PCdoB saiam da paralisia e da espera passiva pelas eleições de 2022 e construam um plano de lutas para parar tudo e colocar os rumos do país nas mãos da classe trabalhadora, fazendo com que sejam os capitalistas que paguem pela crise que eles mesmos criaram, e não os trabalhadores.
