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INSS | 2020 acaba com mais de 1,7 milhão de pessoas na fila do INSS

Em dezembro de 2020 mais de 1,7 milhão de pessoas estavam em espera na análise do requerimento do INSS. O prazo de análise, que é de 45 dias por lei, tem média de 66 dias no último mês.

terça-feira 19 de janeiro de 2021 | Edição do dia

Fonte da foto: Gustavo Roth/Folha Imagem

O tempo determinado por lei de análise de requerimento do benefício previdenciário é de 45 dias. Em dezembro, entretanto, o tempo médio de análise e concessão dos pedidos era de 66 dias, mais de dois meses de espera.

De acordo com o Boletim Estatístico da Previdência Social, o Acre é o estado com maior tempo de espera para concessão de benefícios, chegando a 97 dias, o que significa trabalhadores com necessidade, em meio à crise do coronavírus, tendo que esperar mais de três meses para receberem os seus direitos.

São cerca de 1,7 milhão de trabalhadores que fizeram o requerimento em dezembro de 2020 e aguardam na fila. Desse número, apenas 477 mil já haviam passado pela avaliação e aguardavam os documentos do segurado.

As agências do INSS se mantiveram fechadas por mais de cinco meses e foram reabertas em setembro. Porém, a realização de perícias ainda não voltou em mais da metade das agências, sendo parte obrigatória no processo de concessão do auxílio.

Em entrevista ao g1, uma trabalhadora, Vilma, conta que sofreu um acidente no trabalho em outubro do ano passado, que a impossibilitou de continuar trabalhando. Na ocasião, fez o requerimento do auxílio e até hoje não obteve resposta. Desde então, a trabalhadora não recebe o salário e não tem acesso ao auxílio do INSS.

Essa realidade de Vilma é a mesma realidade das milhares de pessoas na fila do auxílio previdenciário. O governo de Jair Bolsonaro faz demagogia com o INSS em um contexto de crise sanitária e econômica, e obriga os trabalhadores que sofrem com o desemprego e a precarização do trabalho se verem ainda mais em condição de miséria.

Enquanto prefeitos e o alto escalão político aumentam seus salários, o governo Bolsonaro barra auxílios ao mesmo tempo em que acaba com as parcelas do auxílio emergencial. Com uma alta nos casos de covid-19 e a inflação de produtos básicos para a sobrevivência, a classe trabalhadora do Brasil se vê sem saída, quando nem seus direitos previstos por lei são assegurados pelo governo.




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