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RETROSPECTIVA 2016 | Retrospectiva 2016: os ataques do governo Temer golpista

O ano de 2016 foi de fortes ataques por parte de Temer contra a classe trabalhadora e demais setores populares da sociedade.

sexta-feira 30 de dezembro de 2016 | Edição do dia

Quando fez seu primeiro pronunciamento oficial, mas também antes da consolidação do golpe institucional, Michel Temer, com o discurso de que é ’’preciso apertar os cintos’’, deixou bem claro que faria com que os trabalhadores e demais setores populares da sociedade pagassem pela crise econômica que o Brasil está vivendo.

Isso tudo enquanto garante para o seu filho um patrimônio de 2 milhões de reais, e que o Judiciário brasileiro seja o mais caro do mundo com 10 mil juízes ganhando acima do teto estabelecido por lei.

Como se não bastassem os privilégios dos políticos e funcionários de alto escalão, Temer trabalhou bem em favor dos empresários, a lei que favorece as empresas telefônicas é um exemplo disso.

O golpe institucional, que teve como justificativa a necessidade de ’salvar o país da crise’, foi na verdade a forma de aprofundar os ataques que o PT já vinha fazendo para que a crise fosse descaregada nas costas dos trabalhadores. A prova disso é a renda per capita terá a sua segunda maior queda em 116 anos. Isso sem gerar recuperação econômica, pois também o PIB, no período de agosto e setembro, caiu 0,91% aumentando a pressão por ataques por parte dos grandes empresários e banqueiros. Apesar de essa ter sido a pior marca do PIB desde 1996, os bilionários continuaram enriquecendo.

A saída do atual governo e do atual Congresso Nacional foi colocar em curso fortes ataques contra os trabalhadores e a juventude. Em agosto deste ano denunciamos que Temer quer acabar com o décimo terceiro salário e férias. Depois, anunciou querer aprofundar a terceirização e acabar com a CLT dos trabalhadores, propondo um plano chamado travessia social.

Já na vésperas do Natal, Michel Temer anunciou que vai fazer com que o trabalhador tenha jornada de até 12 horas por dia.

Além dos ataques aos direitos trabalhistas citados, Temer revela o Plano de Inclusão produtiva, um novo modo de nomear o fim dos programas sociais.

Como se não bastasse esta medida, o ministro de relações exteriores, José Serra se reuniu com membros da Shell para discutir a entrega do Pre Sal, mas também da Petrobrás. Vale a pena lembrar que este posicionamento de José Serra vai de encontro com que prega Pedro Parente, que, numa entrevista a Folha de São Paulo, afirmou querer privatizar a Petrobrás sem dogmas.

Michel Temer neste final de ano aprovou a PEC 55, mesmo com rechaço da grande maioria da população. Além disso, Temer colocou em votação a reforma da previdência mostrando que o governo pretende primeiro aprovar a PEC 55, para depois aprovar a reforma da previdência.

Outro ataque de Michel Temer é a Reforma do Ensino Médio, em que, por trás de justificativas mentirosas sobre dar mais autonomia ao estudante, esconde o seu real caráter que é cortar dinheiro da educação.

Enquanto Temer ataca os trabalhadores e demais setores populares da sociedade, a burocracia sindical é complacente dando trégua ao golpista.

Por isso, para as lutas que estão por vir contra os ataques do governo golpista, o Esquerda Diário estará, como esteve em 2016, dando voz e deixando a marca da resistência dos trabalhadores, da juventude, das mulheres, dos negros, dos LGBTs, contra a direita e a burocracia petista, e contra os privilégios da casta política!




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