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POEMA | 18 graus só no chão da produção

terça-feira 16 de agosto de 2016 | Edição do dia

Daí de cima ta bom?
18 graus bem tranquilão,
E os peão no caldeirão,
50, 60, chega a molhar o
macacão,
Se não ranga cai no chão,
Chão frio da produção.
Acidente de trabalho?
Entrei com reclamação,
CLT não vale não?
Insalubridade não é a
questão,
Fecha acordo,
Cala a boca do trabalhador
sem instrução,
5 mil ta bom,
Ele não tinha profissão,
Tampouco qualificação,
Tinha esperança de ter
carreira,
Teto, carro e profissão.
Mas o chefe lá de cima,
Sala grande, água de prima,
Sabe bem que o seu lucro
vem de uma carnificina,
É a sina,
Eles não ensinam,
Exploram o trabalhador feito
mina.
Falsa ilusão de reajuste
salarial,
Eles te querem trabalhando
até você passar mal,
Não dá pra sair,
Ce vai se dar mal,
Ta concentrado o capital!
Não desiste meu parceiro,
Se tu for por justa causa,
Nós vamos se unir e te
reivindicar em voz alta.




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