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DESEMPREGO | 12 milhões de desempregados segundo IBGE para os golpistas a saída é retirar direitos

Maíra MachadoProfessora da rede estadual em Santo André, diretora da APEOESP pela oposição e militante do MRT

sexta-feira 30 de setembro de 2016 | Edição do dia

Foi divulgado hoje pelo IBGE um estudo que aponta um aumento do número de desempregados no país, considerando pessoas que buscam emprego e não conseguem. São 12,024 milhões de desempregados no trimestre encerrado em agosto, dentro da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apresentou números recordes nessa pesquisa.

O resultado representa um aumento de 36,6% em relação ao mesmo período de 2015, o equivalente a 3,220 milhões de pessoas a mais em busca de uma vaga. Na região do ABC que concentra as principais montadoras do país, que neste momento tem lançado mão de demissões, acordos coletivos como PPE, Lay-Off e PDV, como já dito recentemente neste diário refletem também cifras recordes de desempregados, para cada trabalhador dessas montadoras demitido, outros três funcionários dos setores de serviços também perdem seus cargos. Além de representarem o laboratório de ataques à classe trabalhadora pela via desses acordos.

O ministro-chefe da casa civil Eliseu Padilha, assinalou que tal situação pode piorar, tão logo os 1,991 milhão de postos de trabalho podem se agravar, caso as reformas apresentadas pelo governo Temer, e aplaudidas pelo FMI, não sejam aprovadas.
O conteúdo destas reformas não se discute, entretanto, como já denunciamos aqui, e aqui trata-se de um retrocesso que imprime os anos 90 em seus ataques neoliberais, retirando direitos, reduzindo salários, cortando o direito à aposentadoria, legalizando a terceirização para atividades fim.

A tão falada reforma trabalhista está em pleno funcionamento pela via do judiciário, ainda que o texto esteja em tramitação no congresso, os principais pontos já estão sendo aplicados pelo judiciário, que está julgando texto sobre a terceirização das atividades fim, e dos acordos entre sindicato e empresa, rasgando a constituição no que se refere aos direitos trabalhistas.

No caso do ABC esses ataques que concentra um enorme contingente de trabalhadores, e principalmente de desempregados, os acordos entre os sindicatos traidores e as empresas têm legado a retiradas de direitos há tempos, e com a reforma que está sendo já aplicada pela via do STF, que abre caminho para tal acordo, independente do que diz a CLT, as jornadas de 12 horas, a venda das férias, o corte no horário de almoço podem ser aplicados a depender dos interesses dos empresários, uma vez que os alarmantes dados apresentados pelo IBGE hoje também expressam o aumento de desempregados abrem espaço para redução dos salários e a tão esperada “modernização” das leis trabalhistas que querem os golpistas, o judiciário e a mídia.

Os dados representam para nós trabalhadores que é necessário fazer resistência a esses ataques, não aceitando como natural da crise as milhares de famílias que hoje sofrem com o drama capitalista do desemprego. Por isso nós do MRT entendendo que tal situação só poderá ser revertidas com muita luta, exigimos que as centrais sindicais como a CUT e CTB que seguem as orientações do PT de não incendiar o país, coloquem nas ruas os bastiões que dirigem da classe operária, com assembleias e métodos de luta democráticos nos locais de trabalho, e construam uma greve geral que saia das palavras, e com ações unitárias que se diferem do realizado nos dias 22, no qual colocou os servidores públicos em marcha, e ontem (29) metalúrgicos.




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