×

11.08 AMAPÁ | 11 de agosto é marcado por repressão policial e assédio sexual em Macapá

O ato do dia 11 de agosto teve no Amapá a participação de vários estudantes que ficaram aglutinados em uma praça de Macapá. No decorrer do ato, um ônibus parou com várias pessoas gesticulando e denunciando um homem que havia assediado uma mulher dentro do coletivo. Rapidamente os estudantes voltaram a atenção para o fato, repudiando junto com a população o ato extremo de machismo.

Jairo FontenelleJuventude ÀS RUAS! Amapá

quinta-feira 13 de agosto de 2015 | 23:34

Com a chegada da polícia, várias pessoas começaram a registrar o momento filmando com aparelhos celulares, entre eles um militante do Levante Popular da Juventude e um estudante indígena. A polícia se surpreendeu com tantas pessoas e começou a ameaçar os dois ativistas que estavam filmando a ação. A justificativa era uma suposta nova regra que foi repassada a eles pela Justiça, onde quem filmasse alguma ação automaticamente seria levado à delegacia para prestar depoimento como testemunha. Os polícias também tentaram colocar medo nos estudantes, especificamente aos dois que filmaram a ação, dizendo que eles seriam intimados e poderiam pagar uma multa de até de um salário mínimo se não comparecessem em uma possível audiência e, além disso, queriam argumentar sobre o "direito de imagem". Isso é bastante incoerente e contraditório vindo da PM, uma vez que é totalmente comum a prática da instituição de filmar manifestantes ou cidadãos comuns, durante os rotineiros "baculejos" (revista física e de materiais), em locais públicos.

A questão é que flagrantes como esses devem ser denunciados. A coragem da vítima assediada no ônibus em denunciar o ato, o apoio da população que estava dentro do ônibus a ela e o papel do movimento estudantil em repudiar essas lamentáveis ações, servem de inspiração para outras mulheres dizerem que não aceitarão abusos machistas. 

É necessário combater todo tipo de opressão tendo em vista que as mulheres já sofrem com empregos precários, com a tripla jornada de trabalho e na ida e volta do serviço têm que enfrentar os encoxadores e o machismo de cada dia. Os assédios, assim como a violência machista tão naturalizada na sociedade capitalista, só fortalecem os mesmos que exploram e oprimem o conjunto da classe trabalhadora. Nesse episódio fica claro que a polícia nada tem a ver com segurança, muito menos com o fim da opressão. Para além dos inúmeros casos de estupros e violência contra as mulheres, sobretudo negras e pobres, sabemos que instituição é mantenedora da ordem vigente e isso significa, em outras palavras, a perpetuação do machismo e do patriarcado.

Pelo fim das polícias e liberdade de todos setores oprimidos!




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias