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REFORMA TRABALHISTA | ⁠⁠⁠⁠⁠Senadoras impedem sessão do senado, para derrotar reforma precisamos que CUT organize greve geral

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), anunciou pouco depois das 12h desta terça-feira, 11, a suspensão da sessão no plenário aberta para votar a reforma trabalhista. O anúncio foi feito por Eunício em pé, já que a senadora Fátima Bezerra (PT-RN) não desocupou a cadeira da presidência mesmo com a chegada do peemedebista ao plenário.

terça-feira 11 de julho de 2017 | Edição do dia

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), deixou o plenário da Casa por volta das 12h30 desta terça-feira, 11, declarando que a sessão para votação da reforma trabalhista será retomada "quando a ditadura deixar". Inicialmente, Eunício proibiu o acesso da imprensa e de assessores parlamentares ao plenário e determinou o apagar das luzes e o corte do som dos microfones.

As luzes do plenário foram apagadas para tentar "obrigar" as senadoras a deixar a mesa da casa, mas elas continuaram ocupando as cadeiras da mesa do Plenário. Durante a confusão, profissionais de imprensa e de assessorias parlamentares foram proibidas de entrar no plenário do Senado.

Por volta do meio-dia, o plenário já contava com 46 senadores presentes e a reforma já podia ser votada, mas o tumulto causado pelo protesto de oposicionistas impediu o prosseguimento da sessão. Ao anunciar a suspensão, Eunício recebeu apoio de senadores governistas e reação negativa dos parlamentares da oposição.

Questionado por jornalistas sobre a proibição da entrada da imprensa, Eunício respondeu que "a sessão estava encerrada e as luzes apagadas", mantendo o seu posicionamento. Alguns minutos depois, no entanto, a assessoria de imprensa da presidência da Casa autorizou a entrada de jornalistas.

A fala de Eunício foi uma resposta ao protesto da oposição para tentar obstruir a votação da reforma trabalhista no plenário do Senado, liderado por um grupo de cinco senadoras, que ocupam a mesa diretora: Fátima Bezerra (PT-RN), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Vanessa Graziotin (PCdoB-AM), Regina Sousa (PT-PI) e Lídice da Mata (PSB-BA).

O grupo de senadoras permaneceu na mesa mesmo após o Eunício ter anunciado, em pé e puxando o microfone que era usado por Fátima Bezerra, o fim da sessão. A decisão foi seguida pelo desligamento dos microfones e o apagar de todas as luzes do plenário.

Outros protestos na casa

Um grupo com cerca de 20 pessoas fez um manifesto contra a reforma trabalhista durante audiência pública da Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado. Por conta da votação da reforma trabalhista, nesta terça-feira, o sistema de segurança do Congresso Nacional foi reforçado e visitantes estão proibidos de se aproximar do plenário.

Inicialmente a sessão da CDH foi marcada para tratar da aposentadoria especial para os profissionais da enfermagem, porém a reunião foi utilizada como estratégia da oposição para fazer com que alguns trabalhadores e sindicalistas conseguissem entrar na Casa. Na segunda-feira, 10, a sessão já havia sido transformada em palco de discussões sobre a reforma.

Embora o grupo não possa circular pelo Senado, os oposicionistas ainda esperam conseguir autorização para que alguns manifestantes entrem nas galerias do plenário e acompanhem a discussão e votação da matéria. A sessão de apreciação da reforma foi marcada para às 11h, mas o pleito só deve ocorrer no período da tarde.

Os oposicionistas estão fazendo diversos pronunciamentos ao longo da manhã para pedir o apoio dos trabalhadores para protestarem contra a votação da reforma. Eles também planejam fazer movimentos de obstrução no plenário para atrasar a votação da proposta.




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