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1º de maio | PSTU chama atos com as burocracias da CUT, CTB e até com PDT, na contramão da construção de atos independentes

Com chamados unilaterais, na contramão das discussões nacionais de impulsionar atos independentes a partir da CSP-Conlutas, o PSTU está construindo atos em comum com as burocracias sindicais como a CUT e a CTB como é o caso de Campinas, em Belo Horizonte onde além de CUT e CTB também com a UGT (que é uma central sindical diretamente patronal) e em Brasília, além de um chamado comum com a CTB estão construindo um ato com o PDT, um partido burguês que ajudou a aprovar a reforma da previdência, partido de Ciro Gomes que nas últimas eleições flertava com o bolsonarismo e apresentava um programa burguês que também incluía as privatizações.

Flavia ValleProfessora, Minas Gerais

Eduardo MáximoEstudante da UnB e bancário na Caixa em Brasília

terça-feira 30 de abril | Edição do dia

Neste 1º de maio uma data histórica de luta dos trabalhadores, viemos batalhando para que se construam atos independentes dos governos e patrões, nos apoiando na forte luta nacional dos técnicos e professores das universidades federais, que se enfrentam diretamente contra a medida neoliberal do governo Lula-Alckmin que é o Arcabouço Fiscal. Consideramos que este seria um ponto de apoio importante para exigir que as burocracias sindicais como a CUT e CTB rompam com sua paralisia e coloquem de pé um plano de luta pela unificação das greves em curso e como parte da batalha pela revogação de todas as reformas como a da previdência, a trabalhista, o Novo Ensino Médio, o Novo Arcabouço Fiscal e a reversão das privatizações, que deterioram a condição de vida dos trabalhadores.

Mas em alguns lugares do país, como em Belo Horizonte, Brasília e Campinas, estamos vendo uma completa adaptação às burocracias sindicais por parte do PSTU, que dirige majoritariamente a CSP-Conlutas, única central sindical que mantém posições de independência frente ao governo de frente ampla. Com chamados unilaterais, na contramão das discussões nacionais de impulsionar atos independentes a partir da CSP-Conlutas, o PSTU está construindo atos em comum com as burocracias sindicais como a CUT e a CTB como é o caso de Campinas, em Belo Horizonte onde além de CUT e CTB também com a UGT (que é uma central sindical diretamente patronal) e em Brasília, além de um chamado comum com a CTB estão construindo um ato com o PDT, um partido burguês que ajudou a aprovar a reforma da previdência, partido de Ciro Gomes que nas últimas eleições flertava com o bolsonarismo e apresentava um programa burguês que também incluía as privatizações.

A composição de atos com as burocracias sindicais apenas enfraquece a construção de um pólo com independência de classe, e a luta por um programa que coloque em xeque todas as reformas mantidas pelo governo Lula-Alckmin, assim como os ataques desse próprio governo como é o neoliberal Arcabouço Fiscal. Em Belo Horizonte, por exemplo, o chamado conjunto das centrais sindicais ao ato defende “Um Brasil mais justo”, mesmo slogan nacional chamado pela CUT e CTB em seus atos de conciliação pelo Brasil, abrindo mão da independência de governos e patrões, posição classista elementar da luta dos trabalhadores. , E em Brasília, com a presença do PDT (!) o chamado ao ato sequer coloca consignas pela revogação das reformas trabalhista e da previdência (porque o próprio PDT inclusive votou esta reforma), tampouco sobre o Arcabouço Fiscal, se limitando à “defesa da classe trabalhadora, do campo e da cidade, e dos seus direitos e conquistas” e “contra os retrocessos e toda forma de exploração e opressão”.

O PSTU nada mais faz do que atuar para que desapareça qualquer tipo de crítica as burocracias que são as responsáveis por manter a passividade da classe trabalhadora e impedir o desenvolvimento das greves, justamente porque estão atreladas ao governo de conciliação de classes de Lula-Alckmin, em nome de uma suposta unidade com aqueles que neste momento em São Paulo estão chamando ninguém menos que o governador bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o prefeito Ricardo Nunes (MDB), Arthur Lira (PP) e Rodrigo Pacheco (PSD), inimigos declarados da classe trabalhadora, para 1º de maio.

Leia a declaração do movimento Nossa Classe e do MRT para o 1º de maio

Ao contrário da aliança de partidos da esquerda com as burocracias das grandes centrais sindicais que são obstáculos para as lutas de trabalhadores, os trabalhadores lutam contra essas mesmas burocracias para tomar os rumos de suas lutas em suas próprias mãos, como vimos na revolta dos trabalhadores do Ceará contra as direções pelegas da CUT e da CTB que chegaram a chamar de criminosos e baderneiros os trabalhadores em greve (assim como fazem os governos e o judiciário quando criminalizam nossas lutas). E como fazem hoje os professores de São Paulo que enfrentaram a burocracia sindical da Apeoesp em sua última assembléia.

Nos inspiramos nos exemplos dos nossos irmãos argentinos que enfrentam nas ruas os pacotes de ajustes do reacionário governo de extrema direita de Milei e no profundo processo dos acampamentos universitários pela Palestina nos EUA que enfrentam a intensa repressão por parte da polícia para se solidarizar com a luta do povo palestino.

Fizemos um chamado para que em todas as capitais a CSP-Conlutas, partidos e organizações da esquerda levassem a frente uma política de independência de classe com a construção de atos independentes, classistas e internacionalistas junto a demais setores que defendem a independência do governo de frente ampla, como parte da batalha pela frente única operária e para retomar nossos sindicatos para a base e para a luta. Neste 1º de maio estaremos nas ruas nos atos independentes dos governos e patrões com as bandeiras da luta pela revogação de todas as reformas, pela revogação do novo arcabouço fiscal e o apoio à resistência palestina, junto a todas bandeiras de trabalhadores em aliança com movimentos de mulheres, negros e negras, LGBTQIAP+ e dos povos originários e contra toda forma de opressão.

Chamamos todes neste 1º de Maio em Belo Horizonte, às 9h na Praça da Estação, a participarem da panfletagem classista, internacionalista e independente de governos e patrões




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